Investigador afirma no tribunal que jovem lhe disse ter sofrido abuso de Jackson sete vezes

O principal investigador do caso de abuso sexual contra o jovem Gavin Arvizo, sargento Steve Robel, afirmou que o rapaz lhe disse que Michael Jackson havia abusado dele de cinco a sete vezes, mas só lembrou detalhes de duas ocasiões. "Ele não conseguiu relatar tudo, mas falou em cinco a sete vezes," disse Robel no tribunal que julga o cantor por 10 acusações que poderão mandá-lo para a cadeia por mais de 20 anos.

O policial afirmou que o rapaz se tornou evasivo quando contou à polícia pela primeira vez o que teria acontecido com ele na propriedade de Jackson, Neverland. Na ocasião ele tinha 13 anos e se tratava de câncer. "Imediatamente notei uma mudança de comportamento. Ele ficou muito, muito quieto, dobrou os braços e afundou na cadeira. À certa altura ele soluçou," contou o sargento.

Jackson assistiu à sessão desta quarta-feira de jaqueta azul, blusa clara e calças pretas de cetim. Robel e um auxiliar, o detetive Paul Zelis, mostraram revistas masculinas que disseram ter sido encontradas numa caixa no armário do quarto de Jackson e na mesinha de cabeceira ao lado da cama do cantor. Zelis disse que também havia uma fotografia dos jovens envolvidos no processo na cabeceira.

Gavin, 15 anos, disse que Jackson o havia masturbado duas vezes, um depoimento sustentado por seu irmão menor, de 14 anos, que disse ter visto Jackson se masturbar e a seu irmão duas vezes olhando do lado de fora do quarto do cantor.