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Internacional
Quarta - 16 de Março de 2005 às 12:24

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O padre Cesare Lodeserto, ex-chefe de uma fundação italiana que cuida de imigrantes ilegais, virou manchete na Itália ao ser preso no fim de semana pela acusação de ter maltratado e seqüestrado prostitutas de Roma. As mulheres alegam que o padre as seqüestrou ao lhes tirar os documentos de identidade e se recusou a deixar que elas saíssem do centro de imigração, que fica no sul da província de Lecce.

O advogado de Lodeserto disse que o padre as abrigou para seu próprio bem depois que elas foram encontradas bêbadas na cidade. "Algumas vezes eu me comportei como um pai rigoroso, mas o que eu poderia fazer? Elas são jovens, presas fáceis para homens que querem enganá-las", disse Lodeserto ao magistrado que acompanha seu caso, de acordo com o jornal Il Mensagero.

O escândalo atingiu a católica Itália, onde líderes da comunidade já foram denunciados por usar táticas duras ao ajudar o próximo. Isso inclui Vincenzo Muccioli, que acorrentou viciados em drogas para ajudá-los a deixar o vício.

As acusações contra Lodeserto são menos severas.

"(Lodeserto) nunca deixou de usar frases e expressões ofensivas", disse uma de suas acusadoras, de acordo com o Gazzetta del Mezzogiorno. "Em alguns casos, ele até batia nelas e ameaçava enviá-las de volta a seus países".

A fundação de Lodeserto, na costa adriática, foi criada em 1997 depois que vários imigrantes albaneses entraram no leste da Itália. Ela se concentra principalmente em ajudar vítimas de comércio sexual.

Milhares de mulheres são forçadas a trabalhar como prostitutas na Itália, mas vítimas de escravidão sexual podem obter documentos temporários de acordo com a legislação, que tem como objetivo ajudá-las a começar uma nova vida.

Autoridades da Igreja têm se esforçado para defender o padre, e a Conferência Episcopal da Itália expressou sua "solidariedade e fé" em Lodeserto.




Fonte: Reuters

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