Maggi cobra posição clara do PFL

O governador Blairo Maggi (PPS) rompeu ontem o silêncio sobre o PFL e cobrou uma definição em relação às eleições de 2006. Ele fez essa cobrança ao avaliar as críticas de dirigentes pefelistas, que prometem romper com o governo caso o chefe do Executivo permaneça na base de apoio ao presidente Lula.

De acordo com Maggi, o PFL precisa esclarecer se pretende permanecer na coligação "Mato Grosso Mais Forte" (na qual se inclui ainda o PP) ou trabalhar candidatura própria. O comentário foi feito pelo governador durante inauguração do Centro Cirúrgico e Obstétrico do Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá.

"O PFL precisa, num momento desses, é ter uma posição mais clara. Tem também que dizer se quer ter candidatura ou indicar um vice. Tem que colocar isso na rua", afirmou. Maggi fez questão de frisar, no entanto, que o seu interesse é reeditar a aliança com os pefelistas, que resultou na reeleição do senador Jonas Pinheiro.

Na última sexta-feira, durante filiação do deputado Humberto Bosaipo e do suplente Juliano Jorge, o presidente em exercício do PFL estadual e ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, criticou Maggi. Num recado indireto ao governador, cobrou mais respeito à classe política de Mato Grosso. Avaliou ainda, em discurso, que o seu partido tem condições de disputar qualquer cargo em 2006. Jaime, no entanto, negou divergências com o chefe do Executivo.

Conjuntura - Blairo Maggi voltou a afirmar que é contra uma candidatura do seu partido à presidência da República. Defendeu neutralidade da sigla na sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva e deu sinais de que não pretende migrar para o oposição aos petistas. "O PPS precisa crescer. Não pode se preocupar com uma candidatura só para marcar posição", avaliou, ao assegurar ainda que pretende permanecer na legenda para disputar a reeleição.