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Internacional
Terça - 15 de Março de 2005 às 14:18

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Agentes dos serviços militares de informação da Síria começaram a deixar seus escritórios no centro de Beirute, a capital do Líbano.

Os agentes foram vistos colocando em caminhões equipamentos e móveis de seus escritórios na região de Ramlet al-Baida, enquanto policiais libaneses observavam do outro lado da rua.

Eles também retiraram imagens do presidente da Síria, Bashar al-Assad, e de seu pai e antecessor, Hafez al-Assad, que haviam sido colocadas no edifício.

A Síria prometeu entregar à ONU um cronograma completo para a retirada dos 14 mil soldados e agentes dos serviços de informação que mantém no Líbano.

Reunião

O desmonte dos escritórios dos agentes secretos aconteceu ao mesmo tempo em que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, fez uma breve visita a Damasco para uma reunião que não estava prevista com Assad.

A agência de notícias do governo sírio divulgou que os dois discutiram “a região libanesa”, sem dar mais detalhes.

Mubarak já disse publicamente que é a favor da retirada das tropas sírias do Líbano.

O governo dos Estados Unidos disse nesta terça-feira que via “alguns passos positivos” na direção de uma retirada síria, mas que planeja manter a pressão por uma saída completa antes das eleições parlamentares libanesas, em maio.

Cerca de 4 mil soldados sírios deixaram o Líbano na última semana, deixando para trás outros 10 mil.

A maioria destes está sendo deslocada para a região do Vale do Bekaa, no leste libanês.

Averiguação difícil

Na segunda-feira, agentes dos serviços militares de informação já haviam deixado dois escritórios nas cidades de Amyoun e Deir Ammar, no norte do país, segundo a agência de notícias Associated Press.

Outros relatos dão conta de que o serviço secreto sírio mantém seu quartel-geral libanês em Anjar, no Vale do Bekaa.

A presença de agentes sírios tem sido fundamental para que o país mantenha influência política e militar no Líbano, segundo analistas, e vai ser difícil ter certeza de que eles terão se retirado totalmente do país.

Estes agentes têm se mostrado um foco de preocupação mais intenso dos defensores do fim da influência síria do que os soldados, cujo papel sempre foi em grande parte simbólico.

A primeira intervenção síria no Líbano ocorreu em 1976.





Fonte: BBC Brasil

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