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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 14 de Março de 2005 às 22:25

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A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) apresentou na tarde desta segunda-feira (14) um balanço parcial das ações emergenciais deflagradas na região sul do Mato Grosso do Sul (MS) nas duas últimas semanas, para evitar mortes relacionadas à desnutrição entre as crianças indígenas guarani e kaiowá da região.

Os técnicos ressaltaram que a situação de desnutrição é um reflexo da falta de terras para os índios e dos problemas sociais que decorrem desse "confinamento". Em Dourados, a reserva mais populosa da região, cerca de 11 mil índios vivem em 3,5 mil hectares.

Segundo a Funasa, foram examinadas no período 2.131 crianças nas aldeias do sul do MS, onde vivem cerca de 37 mil guaranis kaiowás. Foram encontrados 21 casos de desnutrição grave, 106 casos de desnutrição moderada, 328 casos de crianças em situação de risco nutricional e 38 casos de sobrepeso.

As 1.638 crianças restantes estão em situação considerada adequada. Essa, entretanto, é apenas a avaliação preliminar, feita a partir do resultado da relação entre os índices de peso e altura.

"A situação está sob controle. A Funasa está fazendo o seu dever de casa", anunciou o coordenador técnico das ações de emergência, Antônio Fernandes Costa. Apesar dessa avaliação, a Funasa advertiu que o problema da desnutrição é crítico.

Hoje, em Dourados, há quase 40 crianças guarani-kaiowá internadas num Centro de Recuperação Nutricional, localizado na área da reserva indígena local. Segundo a Funasa, desde que se iniciaram as medidas emergenciais para prevenir novas mortes de crianças indígenas relacionadas à desnutrição, o número de internações caiu de 12 por semana em fevereiro para quatro nas duas primeiras semanas de março.

A Fundação Nacional de Saúde e a Prefeitura de Dourados inauguraram nesta segunda-feira o setor de Pediatria do Hospital Universitário do município. São seis Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 15 leitos de enfermaria, que, segundo o órgão do governo, deverão tornar-se referência no atendimento das crianças indígenas na região.




Fonte: Agência Brasil

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