Prefeito não queria negociar crise na saúde, mas criar factóides políticos, diz Humberto Costa

Rio - O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou nesta sexta-feira que a decisão do governo federal de decretar intervenção em seis dos hospitais administrados pela Prefeitura do Rio de Janeiro e declarar estado de calamidade pública na rede hospitalar foi motivada pela constatação de que o interesse do prefeito César Maia não era encontrar uma solução negociada para a crise que se instalou na rede hospitalar.

"Para nós, com as seguidas e novas exigências da Prefeitura do Rio, ficou mais do que claro que o desejo não era de negociar, mas sim criar um factóide político, de negociar politicamente a saúde da população da cidade do Rio de Janeiro. Desta forma, não nos restou outra alternativa senão assumir a nossa responsabilidade diante da insensibilidade humana que assistimos, de parte do prefeito", afirmou o ministro. Segundo ele, por isso o presidente da República decidiu de decretar a situação de calamidade pública do Rio.

Humberto Costa afirmou que o governo federal não vai assumir nenhum tipo de compromisso no que diz respeito a prazos, mas pretende colocar, o mais rapidamente possível, a rede em funcionamento e apresentar resultados na qualidade do atendimento hospitalar. "Para isso, montamos uma verdadeira operação de guerra, que se inicia hoje, vai pelo final de semana e continuará nos próximos dias até que a situação esteja definitivamente resolvida e a população possa, enfim, ter um atendimento com dignidade".