Greve geral provoca caos no trânsito e afeta economia da França

Paris - A greve geral por melhores salários e segurança no trabalho, que começou hoje na França, provocou caos no trânsito em Paris e diversas cidades do país. Pouco antes da meia-noite de ontem, com a redução do número de linha de trens regionais e suburbanos, os efeitos da paralisação já eram sentidos. Bancos e outros setores da economia também estão sendo afetados.

Funcionários da rede ferroviária SNCF disseram que os efeitos da greve afetarão as linhas Eurostar e Thalys, que ligam Paris a Londres e Bruxelas, e que as linhas de trens entre França e outras cidades européias poderão ficar interrompidas por até 36 horas. Algumas linhas do metrô parisiense também estão paralisadas.

Quarta-feira, milhares de manifestantes, entre eles líderes sindicais e estudantis, apoiaram a paralisação. Para hoje, são esperadas mais manifestações a favor do movimento. Funcionários da empresa pública que opera os principais aeroportos de Paris também cruzaram os braços, mas ainda não está claro se isso afetará hoje as chegadas e saídas nos terminais de Orly e Charles de Gaulle.

O movimento grevista complicou o funcionamento de bancos, da indústria metalúrgica e empresas do setor de construções. A mobilização dos sindicatos franceses é um protesto contra a perda gradual do poder aquisitivo dos trabalhadores e o aumento da carga de trabalho. As entidades afirmam que a política de austeridade do primeiro-ministro Jean-Pirre Raffarin prejudica principalmente os setores mais pobres da população e é responsável pelo aumento do desemprego. Em janeiro, pela primeira vez em cinco anos, 10% da população economicamente ativa do país estava sem emprego.