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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 09 de Março de 2005 às 10:00

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O primeiro-ministro do Kosovo e ex-guerrilheiro albano-kosovar, Ramush Haradinaj, que renunciou ao cargo, viajou nesta quarta-feira a Haia para entregar-se ao Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), que o acusa de crimes de guerra. Haradinaj, de 36 anos, partiu acompanhado de sua esposa em um avião especial, que decolou do aeroporto de Pristina, lugar vigiado por unidades reforçadas da polícia da ONU e do serviço policial kosovar.

Centenas de pessoas, a maioria procedentes do oeste de Kosovo, de onde Haradinaj é oriundo, foram ao aeroporto para se despedir do premier.

O próprio Haradinaj informou ontem que o TPII o acusou de crimes de guerra, mas não revelou que crimes seriam esses. Apesar disso, o premier disse estar convencido de sua inocência.

Depois da declaração, Haradinaj anunciou que apresentava sua renúncia ao cargo de primeiro-ministro do Kosovo - que vinha desempenhando desde dezembro passado - e que hoje se entregaria voluntariamente ao TPII.

Fontes do tribunal confirmaram que contra Haradinaj existe uma acusação "selada". Espera-se que o conteúdo seja divulgado quando o acusado chegar a Haia.

Durante a guerra do Kosovo (1998-1999), Haradinaj foi um dos comandantes da guerrilha albano-kosovar do exército de Libertação do Kosovo (UCK), que lutou contra as forças de segurança sérvias.

Após a guerra, o Kosovo - província sérvia de maioria independentista albanesa - foi posto sob protetorado provisório da ONU e é possível que as negociações sobre seu estatuto definitivo comecem este ano.

Por crimes cometidos durante a guerra do Kosovo, o TPII processa atualmente três antigos oficiais do UCK e cinco antigos dirigentes políticos e militares sérvios, incluído o presidente Slobodan Milosevic. Ainda estão foragidos três generais sérvios acusados.





Fonte: EFE

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