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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Segunda - 07 de Março de 2005 às 06:50

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A única sobrevivente da família envenenada por arsênico em Campinas (SP), a adolescente M.M.C., está internada desde sábado em um hospital daquela cidade para realizar desintoxicação.

Por recomendação médica, a menina submete-se a processo de quelação, a fim de eliminar todos os traços de arsênico do seu organismo. A medida consiste em administrar injeções diárias que ajudam a retirar o veneno.

A garota foi localizada no interior do Paraná na última sexta, depois de passar 21 dias desaparecida. De acordo com a psicóloga Maria de Fátima Franco dos Santos, que foi designada pela polícia para acompanhar o caso, a menina saiu de Campinas "em busca de sossego". A psicóloga foi até o Paraná, na sexta-feira para resgatar a jovem. Ela estava hospedada num hotel da cidade.

A garota fugiu no último dia 22 da casa de sua avó, onde deixou um vídeo afirmando que as mortes da mãe e da irmã não eram sua culpa. Ela levou jóias e R$ 600. Logo depois da fuga, o delegado que acompanhava o caso, Cláudio Alvarenga, disse que a atitude despertava ainda mais suspeitas sobre a menina.

Na semana passada, Alvarenga foi afastado do caso por ter deixado vazar informações à imprensa. Ele chegou a apontar a adolescente como suspeita do crime. As investigações passaram a correr em sigilo por determinação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Nesta segunda-feira, de acordo com o jornal Correio Popular, a Vara da Infância e da Juventude deve decidir a guarda da adolescente. Ela teria condicionado seu retorno a Campinas a não ficar novamente na casa da avó materna. Ela pediu para permanecer na casa de amigos em Hortolândia, município próximo a Campinas.

A polícia pode tomar o depoimento da menina ainda neste domingo ou nos próximos dias para tomar maiores esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes dos pais dela - o médico homeopata Hudson da Silva Carvalho, 46 anos, e Thelma Almeida Migueis, 43 - e de sua irmã mais velha, L.M.C, 17 anos. Exames constaram que a família foi envenenada com arsênico. A polícia ainda não sabe como ocorreu o envenenamento.

As investigações correm em sigilo desde a semana passada, por determinação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, devido à divulgação do vídeo pelo programa Fantástico.




Fonte: Terra

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