Alegria e ceticismo no Líbano após anúncio da retirada síria
Levando bandeiras libanesas e cantando o hino nacional, os manifestantes gritavam "liberdade, soberania e independência" e "Síria fora" mesmo após Al Assad anunciar a retirada das tropas sírias para cumprir, segundo disse, com "as obrigações do acordo de Taif e os requerimentos da resolução 1559" (das Nações Unidas).
Segundo a rede de televisão LBC, mais de 20 mil pessoas se reuniram no centro de Beirute. Um número que aumentou quando a população foi conseguindo desviar dos cordões de segurança estabelecidos pelo exército nas proximidades do local.
Os manifestantes anunciaram sua determinação de seguir mobilizados no centro de Beirute até que o último soldado sírio saia do Líbano, e convocaram outra manifestação para segunda-feira.
Em uma primeira reação, o líder druso Walid Yumblatt, uma das figuras mais destacadas da oposição, assinalou que "trata-se de um início positivo". No entanto, recalcou que "é preciso ver a execução sobre o terreno. Não queremos a dominação estrangeira nem a árabe".
O general exilado Michel Aun, por sua vez, criticou o fato de Al Assad deslocar seus soldados para a fronteira. "É como se estivéssemos em estado de guerra. O que pedimos é que se retirem definitivamente do país. Ele não foi claro nem em seus pensamentos nem em seus objetivos", advertiu.
Para o ex-presidente Amin Yemayel, "a retirada síria para Beka tinha que ter acontecido em 1991". "Nós pedimos a retirada e não o deslocamento. O deslocamento é inaceitável, principalmente porque não deu uma data para realizá-lo nem para a segunda fase (a retirada). É perigoso porque temos informações que asseguram que eles vão ficar na região de Anjar, dentro da fronteira libanesa", explicou.
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