Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 05 de Março de 2005 às 14:42

    Imprimir


O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a exigir neste sábado uma saída completa das tropas sírias do Líbano, no momento em que Damasco parece se preparar para anunciar uma retirada parcial.

Num programa de rádio neste sábado, Bush continuou com a pressão exercida por seu governo sobre a Síria e descreveu o "apoio ao terrorismo", dado pelo regime liderado pelo presidente Bachar al Assad, como um obstáculo para a paz no Oriente Médio.

O presidente dos EUA também rejeitou a possibilidade de uma retirada parcial síria e lembrou que a resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU, apresentada por Washington e Paris, exige "a retirada de todas as tropas estrangeiras" do Líbano.

"O mundo fala com uma só voz para garantir que a democracia e a liberdade recebem uma oportunidade de florescer no Líbano", garantiu Bush.

"Uma retirada síria de todo seu pessoal militar e dos serviços de inteligência ajudaria a garantir que as eleições libanesas acontecem segundo o previsto, nesta primavera (no hemisfério norte), e sejam livres e justas", acrescentou o presidente.

Bush se referiu às recentes manifestações em Beirute para exigir a saída dos cerca de 15.000 soldados sírios e dos serviços secretos do país ("mujabarat"), e insinuou que os libaneses foram inspirados pelo sucesso das eleições no Iraque.

"Os cidadãos libaneses que viram as eleições livres no Iraque reclamam agora o direito de decidir seu próprio destino, livre do controle e a dominação da Síria", disse.

Segundo o presidente americano, "hoje em dia as pessoas de uma parte do mundo, problemática durante muito tempo, estão se levantando para exigir sua liberdade".

O presidente sírio anunciou hoje uma recuo das tropas de seu país em solo libanês à regição do Vale de Bekaa, no leste do Líbano, e dali à "fronteira" entre os dois países.

Assad, num discurso pronunciado ante o Parlamento sírio, afirmou que os responsáveis dos dois países se reunirão esta semana para preparar a retirada dos soldados sírios, em cumprimento do acordo de Taif, que pôs fim à guerra civil libanesa, e da resolução 1559 do Conselho de Segurança da ONU.

A pressão internacional contra Síria aumentou desde o assassinato, no último dia 14 de fevereiro, do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, morto na explosão de um carro-bomba em Beirute.

Hariri havia renunciado como chefe do governo depois que, em outubro do ano passado, pressões de Damasco levaram à uma extensão do mandato do presidente libanês, Emil Lahoud, pró-sirio. A decisão contraria a Constituição do país.

Desde então, o ex-primeiro-ministro, que mantinha sua cadeira no Parlamento, se fincava cada vez mais como o líder da oposição à presença síria no país.

A oposição libanesa acusa Damasco pelo atentado, o que foi taxativamente rejeitado pelo regime sírio.

O governo pró-sirio do Líbano, que era liderado por Omar Karame, apresentou sua renúncia na semana passada, o que já foi aceito por Lahoud.

Sexta-feira, em Westfield (Nova Jersey), Bush insistiu em que não aceitaria uma retirada parcial síria: "Quando dizemos retirada queremos dizer uma retirada completa, não meias medidas".

O presidente americano afirmou ainda que a saída completa síria é uma de seus grandes prioridades atualmente e lançou uma série de pedidos, quase diários, para que Damasco ponha fim à sua presença no país vizinho.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/354809/visualizar/