Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sexta - 04 de Março de 2005 às 21:30

    Imprimir


A jornalista italiana Giuliana Sgrena foi ferida hoje, pouco depois de ter sido libertada, por tiros disparados erroneamente e por motivos ainda indeterminados por soldados americanos contra o comboio que a conduzia ao aeroporto de Bagdá. Um integrante do serviço secreto italiano foi morto, e outros dois estão feridos.

Jornalista seqüestrada é libertada

Giuliana foi ferida no ombro e levada a um hospital da capital. De acordo com o jornal La Repubblica, o estado da jornalista e dos agentes não é grave. Ela já pôde se comunicar com Itália e explicar que, apesar de ferida, está bem.

O agente secreto italiano morto, Nicola Calibari, teria sido atingido ao tentar proteger Giuliana. Ele era especialista membro do SISMI, os serviços secretos militares, que previamente tinha prestado seus serviços à espionagem civil da Itália. Calibari tinha dois filhos e participou das negociações para a libertação da jornalista.

As autoridades italianas, que informaram sobre o incidente Gabriele Polo, diretor do jornal Il Manifesto, para o qual Sgrena trabalha, tentam reconstruir os fatos, que teriam ocorrido a caminho do aeroporto.

O primeiro-ministro Silvio Berlusconi convocou o embaixador norte-americano para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. "Estamos incrédulos e atônitos pela fatalidade. A alegria transformou-se em dor", disse Berlusconi em um comparecimento de urgência feito em Palazzo Chigi, sede do governo italiano.

O episódio escureceu a alegria que tinha se espalhado na Itália depois de divulgada a notícia da libertação da jornalista, 57 anos, capturada há um mês nas imediações da universidade da capital iraquiana. Depois de várias reivindicações, através da Internet, em 16 de fevereiro os seqüestradores difundiram um vídeo no qual a jornalista implorava por sua libertação e pedia ao governo italiano que retirasse suas tropas do Iraque.

Pouco antes, o Parlamento italiano tinha aprovado a prorrogação da missão militar italiana "Nova Babilônia", que mantém cerca de 3 mil soldados na cidade de Nassiriya, ao sul de Bagdá.





Fonte: Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/355001/visualizar/