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Politica Brasil
Quinta - 03 de Março de 2005 às 19:26
Por: Carolina Pimentel

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Brasília - O governo pretende criar uma secretaria para tratar do comércio interno no prazo de 30 dias, segundo informou o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antônio Oliveira Santos, depois de encontro que durou cerca de duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Na audiência, Lula recebeu representantes da CNC e das 27 federações de comércio do país.

De acordo com a proposta dos comerciantes, a secretaria ficaria vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Para Oliveira Santos, a nova secretaria facilitaria a comunicação entre o setor e o governo. "O que precisa é de um elo nosso com o governo através, de uma secretaria específica do comércio de bens e serviços. Muitas vezes, acontece dentro do próprio Executivo e do Legislativo. Eles estão legislando e decretando sem saber o que acontece lá na ponta", afirmou.

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, já havia informado, em ocasiões anteriores, que o governo vem estudando a proposta de criação da secretaria. No entanto, o ministério ainda não definiu prazos para implantação do órgão, pois é necessário estruturá-lo.

Lula ouviu também dos comerciantes críticas sobre a carga tributária. Ao chegar ao palácio, o presidente da CNC voltou a defender a necessidade de redução dos gastos públicos para que os tributos sejam menores. "O país não vai poder progredir com base em 37%, 38% e 39% de carga. Não pode competir com outros países. Uma sugestão é que os planejamentos, de modo geral, façam uma programação para 10 ou 15 anos para trazer para uma meta de no máximo 25% ou 26% de carga tributária", disse.

Na reunião, os representantes falaram também sobre os juros cobrados pelos bancos. De acordo com Antônio Oliveira Santos, os juros da taxa básica, a Selic, não preocupam o setor, mas sim os encargos estipulados pelos bancos. Para que se reduzam os encargos, ele sugere alternativas como a diminuição dos empréstimos compulsórios e dos tributos pagos pelos bancos.

Participaram da reunião, além de representantes da CNC e das federações do comércio, os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Desenvolvimentos, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.





Fonte: Agência Brasil

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