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Nacional
Quinta - 03 de Março de 2005 às 13:53
Por: Denise Madueño

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Brasília - Após sofrer a primeira derrota como presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE) garantiu hoje que não está chateado com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que não concordou com o reajuste dos parlamentares. "Ele fez muito bem. Ele fez o que a sociedade quer", disse Severino. No entanto, aliados do presidente da Câmara não escondem a irritação com o presidente do Senado.

Para o vice-presidente da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PT-PI), que chegou à Câmara acompanhado de Severino, "foi uma surpresa" a reação de Renan. "Sair o bonzinho da história não foi muito bom para o relacionamento entre as duas casas", disse. Ele afirmou que a lista em que colhia assinaturas para dar urgência ao projeto de aumento foi destruída num triturador de documento na presença dos deputados Benedito Dias (PT-) e Robson Tuma (SP).

Sobre o projeto que aumenta o salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Nogueira afirmou que ele deve ser votado independentemente do fato de não haver mais aumento para os parlamentares. Segundo ele, o presidente do STF, Nelson Jobim, foi "corretíssimo. "É um homem de bem. A justiça do País tem que ser bem paga mesmo", disse.

A recusa do presidente do Senado em aceitar o aumento irritou também o quarto secretário da Câmara, deputado João Caldas (PL-AL). Ele quer que o Senado mostre à sociedade quanto custa manter um senador. Segundo ele, o Senado tem um orçamento igual ao da Câmara (R$ 2,5 bilhões) para atender a 81 senadores, enquanto a Câmara tem 513 deputados. "O senador tem carro, gasolina, motorista, e muitas outras coisas", disse. Na opinião dele, com a decisão de Renan "os senadores posaram de heróis e nós (da Câmara) somos os vilões da história".





Fonte: Agência Estado

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