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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quarta - 02 de Março de 2005 às 13:57

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A avaliação do consumidor sobre a situação atual da economia e de suas próprias finanças piorou, revela a 15ª Sondagem de Expectativas do Consumidor da FGV (Fundação Getulio Vargas). Trata-se da primeira queda de confiança desde abril do ano passado.

O foco mais negativo da pesquisa foi a expectativa quanto ao mercado de trabalho: as perspectivas dos consumidores foram as mais pessimistas desde agosto do ano passado.

Para 47,3% dos entrevistados será mais difícil encontrar emprego nos próximos seis meses. Caiu também o percentual de entrevistados que apostam num cenário mais favorável para o mercado de trabalho: passou de 14% para 10,3%.

O mercado de trabalho e a disposição para compra de bens de alto valor são alguns dos itens mais sensíveis da pesquisa. Eles refletem o impacto de decisões do governo, como aumento de juros e perspectiva de elevação de impostos, com a menor criação de vagas ou até mesmo com o aumento do desemprego e também com menor oferta de crédito.

Apesar de ter registrado o maior crescimento dos últimos dez anos em 2004, com expansão de 5,2% sobre o ano anterior, a economia brasileira registrou leve alta de 0,4% no quarto trimestre do ano passado. Esse resultado aponta para um desaceleração do crescimento da economia em 2005.

Na pesquisa da FGV, a situação econômica do país foi considerada boa por apenas 12,5% dos entrevistados. O percentual dos que afirmam que a situação é ruim chegou a 37,3%.

O otimismo menor do consumidor em relação à economia brasileira se reflete também na análise das finanças pessoais. Normalmente, a avaliação quanto à família tende a ser mais estável porque o entrevistado detém mais informações sobre o seu próprio orçamento.

Desta vez, depois de seis aumentos seguidos da taxa de juros, as expectativas do consumidor começaram a se deteriorar. Entre os entrevistados, 23,5% afirmam que a situação atual da família é ruim. Apenas 13,9% a classificam como boa.

O número de endividados também cresceu. Passou de 23% em janeiro para 26,3% em fevereiro. Apenas 15,2% dos consumidores afirmaram ter conseguido poupar.

Apesar das avaliações e das expectativas mais negativas, os consumidores afirmaram estar confiantes sobre a melhora do próprio orçamento nos próximos seis meses. O percentual dos que acreditam em dias melhores chegou a 56,9%.





Fonte: 24Horas News

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