Política de cotas deve acabar quando melhorar a qualidade da educação básica, diz Tarso Genro

São Paulo - O ministro da Educação, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira que o sistema de cotas nas universidades públicas só tem sentido enquanto não houver um ensino básico de qualidade no país.

"Nós temos que ter essa política de cotas, datá-la e, ao mesmo tempo, jogar pesadamente na qualificação do ensino básico para que cheguemos rapidamente, em oito ou dez anos, numa situação que ela seja desnecessária", afirmou.

O ministro participou da abertura do Fórum Inter-Regional Sul e Sudeste, que debate A Indústria e a Reforma da Educação Superior. O encontro é promovido pela Confederação Nacional da Indústria.

"Eu defendo a política de cotas não com um sentido reparatório do ponto de vista histórico. Eu defendo porque o Brasil tem um déficit muito grande de coesão social. Todas as políticas que ajudarem a combater essa coesão ajudam na pacificação da sociedade", disse o ministro.

A proposta de reforma da educação superior, que será levada ao Congresso, pretende aumentar o sistema de cotas gradativamente para 50% dos alunos que cursaram integralmente o Ensino Médio em escolas públicas.

Neste momento, Genro participa de debate com o ministro da Educação e Cultura de Cuba, Fernando Vecinno Alegrete. No início da tarde, o ministro participa do XIV Congresso Latino-Americano de Estudantes, nas dependências da Fundação Bienal e no Ginásio do Ibirapuera.