Abbas afirma que não vai tolerar ataques em Israel

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse nesta segunda-feira que não vai tolerar ataques como o ocorrido em Tel Aviv na sexta e reafirmou seu compromisso na busca pela paz.

Autoridades israelenses preparam o lançamento de uma ofensiva diplomática, reunindo embaixadores de países da União Européia (UE) e países membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), para apresentar o que dizem ser provas da ligação da Síria com o ataque, que matou cinco pessoas.

Abbas disse que seria irresponsável perder a oportunidade de alcançar a paz por causa do atentado de sexta-feira contra um clube noturno. O incidente abalou a trégua que ele e o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, declararam em 8 de fevereiro.

Sharon declarou no domingo que Israel intensificará medidas militares e não dará mais passos rumo à paz até que a Autoridade Palestina conduza "ações vigorosas para acabar com os grupos terroristas e sua infra-estrutura".

"Em relação ao ataque suicida da última sexta-feira, tais ações não serão toleradas por nós, já que são contra os interesses palestinos", disse Abbas ao jornal britânico Independent, na véspera de um encontro internacional em Londres sobre reformas palestinas.

Abbas garantiu que os palestinos estão "empenhando 100 por cento de esforço" para acabar com a violência, mas não deu indícios de passos concretos em resposta ao ataque, o primeiro em Israel desde novembro.

Apesar de o grupo palestino Jihad Islâmica ter assumido a responsabilidade, Abbas deu a entender que houve participação estrangeira no ataque, dizendo que "pode haver outras partes que querem desestabilizar a situação".

Israel apontou para Damasco e afirmou que líderes da Jihad que moram na Síria emitiram ordens para o ataque e que o governo sírio compartilha portanto da responsabilidade. A Síria negou envolvimento.