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Internacional
Segunda - 28 de Fevereiro de 2005 às 08:18
Por: Spensy Pimentel

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Montevideo – Ele é famoso no país como médico oncologista, só ingressou na vida partidária depois dos 46 anos, é maçom e, antes de ocupar o cargo político mais importante do Uruguai, quase tornou-se presidente da AUF, a Associação Uruguaia de Futebol – o clube de futebol fundado por Vázquez, onde ele jogava como goleiro reserva, existe até hoje, no bairro de La Teja, e completa 47 anos neste 1º de março. De origem popular, Vázquez é o quarto dos cincos filhos de um funcionário da petroleira uruguaia demitido por fazer greves. Pai de três filhos e avô de dez netos, é casado há quarenta anos com Maria Auxiliadora Delgado.

Tabaré Vázquez Rosa, 65, derrotou 180 anos de dominação de blancos e colorados na política uruguaia fazendo constantes citações sobre a situação política brasileira. Os programas sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como o processo de transição ocorrido no país em 2002, entre os governos FHC e Lula, foram inspirações para recentes anúncios de Vázquez.

O novo presidente uruguaio chegou a ser recebido por Lula antes mesmo da vitória, em agosto, quando as pesquisas já o apontavam como franco favorito. Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente brasileiro, também esteve em Montevideo para participar de seminários políticos promovidos pelo Frente Ampla, partido de Vázquez. Antes, o PT brasileiro já mantinha o contato com a Frente por meio do Foro de São Paulo, associação de agremiações de esquerda de diversos países latino-americanos surgida no início dos anos 90 com o objetivo de discutir questões comuns.

Em 1989, como dirigente esportivo, Vázquez levou à vitória na primeira divisão do campeonato uruguaio o Progresso, clube que dez anos antes estava na segunda divisão do futebol nacional. O ano da conquista foi o mesmo em que ele se tornou o primeiro socialista a se eleger para um cargo executivo, como prefeito de Montevideo. Vázquez havia se juntado ao Partido Socialista pouco antes, durante a campanha para o plebiscito popular sobre a Lei de Caducidade, que, semelhante a nossa Anistia, perdoou crimes contra os direitos humanos praticados durante a ditadura militar (1973-1985).





Fonte: Agência Brasil

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