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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 28 de Fevereiro de 2005 às 07:53

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O presidente da Síria, Bashar Al Assad, considera que a linguagem que nos últimos tempos o governo dos Estados Unidos usa contra seu país faz prever uma campanha como a que precedeu ao ataque ao Iraque.

Em uma entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal italiano La Repubblica, Al Assad afirma que não se sente isolado no plano internacional.

"Se me perguntarem se espero um ataque armado... direi que o vejo chegar desde o final da guerra contra o Iraque. Desde então aumenta a tensão", assegura o presidente sírio, que lembra, contudo, que em outras oportunidades os Estados Unidos impuseram sanções e isolamentos, mas "o cerco em torno de nós não se fechou".

O presidente desmente que seu país esteja envolvido no recente assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri e acha que a polêmica posterior foi reforçada pelos EUA, porque "essa morte não beneficia a Síria", mas não diz quem poderia estar por trás da ação.

Um setor da população libanesa pede agora a retirada das tropas sírias no país, onde estão desde 1990, ao que Al Assad reconhece que "é mais tempo do que o previsto. Do ponto de vista técnico a repatriação pode ser feita antes que termine o ano, mas só ocorrerá se tivermos garantias sérias. Em duas palavras: a paz".

Em relação à situação dos direitos humanos na Síria, Al Assad responde que "é melhor que na prisão de Abu Ghraib e em Guantánamo" mas admite que "temos regras severas. Há anos vivemos em uma situação de perigo constante, guerras, a hostilidade de outros países. Por enquanto não podemos nos permitir leis normais".





Fonte: EFE

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