Líbano proíbe protestos marcados para segunda-feira

O Ministério do Interior do Líbano disse no domingo que proibiu protestos marcados para segunda-feira, num dia em que opositores do governo apoiado pela Síria tinham chamado a população para uma passeata e uma greve geral de um dia.

Em comunicado, o ministério disse que forças de segurança "tomariam todas as medidas necessárias para preservar a segurança e a ordem e para evitar passeatas e aglutinações na segunda-feira".

A principal figura da oposição do Líbano, Walid Jumblatt, saiu a público para dizer que o protesto pela morte do ex-premiê Rafik al-Hariri e contra o governo apoiado pela Síria seria mantido apesar da proibição.

"Nós vamos em frente. Eles não podem evitar que sigamos em frente pacificamente, democraticamente e pagando tributos a Rafik al-Hariri no dia em que o parlamento nacional planeja perguntar quem o matou", disse Jumblatt à Reuters.

Deputados de oposição convocaram a greve na semana passada para coincidir com a uma sessão parlamentar especial na qual vai se discutir o assassinato do ex-premiê em 14 de fevereiro, cuja autoria atribuem à Síria.

Eles disseram na quarta-feira que não dariam um voto de confiança durante a sessão, e que queriam os chefes de segurança do país depostos de seus cargos e levados a julgamento.

Várias autoridades do movimento de oposição no Líbano manifestaram sua fúria em público pela morte de Hariri, insistindo que a Síria retire suas tropas e serviços de inteligência do país e que o governo que ela sustenta renuncie.

Milhares de libaneses tomaram as ruas desde que Hariri morreu para fazer as mesmas exigências.