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Nacional
Domingo - 27 de Fevereiro de 2005 às 09:50

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O presidente nacional do PT, José Genoíno, divulgou nota oficial do partido de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diante das críticas da oposição por causa de seu discurso na semana passada, no Espírito Santo. Para Genoíno, a reação da oposição foi "desproporcional e despropositada".

Ele acrescentou que a intenção de Lula foi informar a opinião pública "que não permitiu que a situação estrutural de um órgão público fosse politizada desnecessariamente". A conversa ocorreu em 2003 com o então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa. O tema foi a privatização de Eletropaulo - Empresa de Energia Elétrica de São Paulo -, comprada pela empresa americana AES, em 1997, com financiamento de US$ 1,4 bilhão do BNDES.

"O Partido dos Trabalhadores vem a público para manifestar seu total apoio ao presidente Lula ante as críticas e iniciativas de ataque injustificadas de que é alvo por parte de setores da oposição. No discurso que motivou a reação desproporcional e despropositada destes setores, o presidente Lula apenas informou à opinião pública que não permitiu que a situação estrutural de um órgão público fosse politizada desnecessariamente. Tratou-se de uma atitude responsável, pois não cabe a um chefe de Estado e de governo estimular conflitos políticos desnecessários com a oposição ou com quem quer que seja. O presidente disse em seu discurso que queria que seus auxiliares abordassem e superassem problemas estruturais de órgãos públicos com iniciativas positivas para que o governo adotasse uma perspectiva de aposta no futuro do Brasil, evitando a atitude cômoda, mas impotente, da culpabilidade do passado.

Assim, o presidente Lula não acobertou nada, não afirmou que acobertou qualquer irregularidade, não acusou ninguém e não cometeu nenhum crime. Por ter orientado corretamente a postura pública de um auxiliar e do governo, não pode ser alvo de tentativas politizadas de processos de investigação. Ao agir de forma sectária, setores da oposição parecem querer apostar no caminho da desestabilização política do governo e do Brasil, usando instrumentos democráticos para atingir objetivos meramente particularistas de setores de um partido político que não parecem estar conformados com o papel de oposição que o eleitorado lhe reservou.

O PT respeita o direito dos partidos oposicionistas de fazerem oposição e de criticarem os atos e palavras do presidente e de integrantes do governo. O que o PT não pode aceitar são tentativas desestabilizadoras artificiais. A democracia, no Brasil, foi conquistada por um árduo processo de lutas e de sacrifícios de muitas pessoas. A afirmação e construção da democracia não podem ser perturbadas pela exasperação sectária do conflito político, motivada pela interpretação subjetiva e equivocada de um discurso presidencial."





Fonte: Agência Brasil

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