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Internacional
Domingo - 27 de Fevereiro de 2005 às 09:44

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Londres - Cerca de 50 soldados britânicos são suspeitos de assassinatos, homicídios, maus-tratos e outros crimes cometidos no Iraque, informa hoje o jornal britânico The Sunday Telegraph. Documentos militares secretos, obtidos pela publicação, revelam também dois casos de militares suspeitos de morte, por afogamento, de dois civis iraquianos.

Uma da vítimas era um adolescente de 16 anos, Ahmed Jabber Kareem, morto depois de ter sido detido por três soldados no dia 8 de maio de 2003. Outro era um pastor chamado Said Shabram, que teria sido morto por um oficial e dois soldados. Em mais um episódio, um militar do grupo de elite de aviação SAS é suspeito da morte a tiros de um civil iraquiano em 1º de janeiro de 2004, em Bassora. O documento revele que os superiores do oficial se recusam a depor contra ele.

Os papéis secretos mostram também que o número de militares britânicos supostamente envolvidos em atividades criminosas no Iraque é três vezes superior ao admitido pelo Ministério da Defesa. Essas revelações vieram a público depois do anúncio, sexta-feira, feito pelo comandante do Exército, general Mike Jackson, da abertura de uma grande investigação para apurar acusações de maus-tratos cometidos por dois soldados britânicos no Iraque, e após a condenação de três soldados por uma corte marcial também por maus-tratos a prisioneiros iraquianos.

Os três soldados britânicos condenados por maus-tratos são: Daniel Kenyon, culpado de não informar que homens sob seu comando forçaram prisioneiros a simular atos sexuais para tirar fotos (pena: 18 de prisão); Mark Cooley, condenado por suspender um homem em um caminhão para elevação de cargas e simular socar um preso (sentença: dois anos de cadeia); Darren Larkin, culpado de pisar em um detento (condenação: cinco meses de prisão).





Fonte: AE - AP

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