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Internacional
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 10:12

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Soldados israelenses prenderam cinco palestinos por envolvimento com o ataque suicida em frente a uma casa noturna em Tel Aviv.

Dois dos detidos seriam irmãos do suicida que explodiu o dispositivo matando quatro pessoas e ferindo outras 30. Foi o primeiro ataque desde que os líderes palestino e israelense concordaram em uma trégua.

Os soldados fizeram buscas no vilarejo de Deir al Ghusun, ao norte de Tulkarem, na manhã de sábado e um toque de recolher foi imposto.

Dois irmãos do suicida, identificado pelos israelenses como Abdullah Badran, de 21 anos, estão entre os detidos. Também foi preso o imã local.

Fontes palestinas afirmam que o suicida era membro do grupo Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, mas havia sido recrutado pelo grupo Hezbollah, cuja base é no Líbano. Um porta-voz do Hezbollah em Beirute negou a informação.

Todos os principais grupos militantes palestinos negaram envolvimento no ataque em Tel Aviv.

Punição

O líder palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que os responsáveis pelo ataque serão punidos.

"A autoridade palestina não vai permanecer em silêncio frente a este ato de sabotagem. Vamos encontrar os responsáveis e eles serão punidos", disse Abbas em uma declaração oficial depois de uma reunião de emergência com seus chefes de segurança, segundo a agência de notícias Associated Press.

O primeiro ministro israelense, Ariel Sharon, também teria se reunido com seus chefes de segurança para discutir uma resposta ao ataque.

Um dos conselheiros de Sharon, Raanan Gissin, afirmou à BBC que a Autoridade Palestina precisa tomar "medidas necessarias e concretas para desmantelar organizações terroristas, recolher armas ilegais e fazer as prisões necessarias".

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu para que os palestinos tomem medidas "imediatas e confiáveis" para encontrar os responsáveis pelo ataque.

"Agora temos que ter ações que enviem uma mensagem clara (aos grupos armados) afirmando que o terror não será tolerado", afirmou.

Ataques de militantes na região diminuiram dias depois que a Autoridade Palestina e o governo de Israel concordaram informalmente em uma trégua em uma cúpula organizada no Egito, no dia 8 de Fevereiro.

Do lado de fora

O autor do atentado detonou os explosivos junto a pessoas que estavam em uma fila para entrar na casa noturna, que fica em uma área popular da orla marítima, segundo o chefe de polícia David Tsour.

"Se o impacto tivesse ocorrido dentro (da casa noturna), teria sido trágico", afirmou.

Um paramédico que ajudou no resgate das vítimas, Alon Kotler, disse ao jornal Haaretz que havia jovens em cima dos outros, "a maioria moderada ou seriamente feridos".

Casas noturas de Tel Aviv já foram alvos de ataques no passado. Em um dos casos, 21 pessoas morreram numa ação suicida na Dolphinarium Disco, em 2001.





Fonte: BBC Brasil

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