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Economia
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 10:06
Por: Carlos Martins

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Para o governador Blairo Maggi, a viagem pela Cordilheira dos Andes derrubou o mito que a colocava como uma montanha complicada para se vencer. São subidas, não tão fortes, seguidas por descidas suaves, onde se passa de 4.102 metros para 3.900 metros, para depois subir novamente. No trecho até La Paz, a altitude máxima a que se chega é de 4.501 metros. Antes de La Paz, num pequeno povoado, moradores protestavam colocando centenas de pedras ao longo da estrada. Antes de a comitiva chegar, a Polícia Nacional da Bolívia agiu, retirando as pedras e garantindo a passagem dos veículos.

Na chegada à capital mais alta do mundo, La Paz (3.660 metros), uma visão fantástica. A cidade, de 1,3 milhão de habitantes, está dentro de um vale. Nas encostas, tal como na Rocinha, no Rio, edificações formam um quadro diferente. Ao alto, os picos das montanhas cobertas de neve.

Em La Paz, onde Maggi e um grupo formado por deputado, secretários e dirigentes da Fiemt tiveram um encontro com o presidente Carlos Mesa e ministros de Estado, acompanhado do embaixador brasileiro Antonino Mena Gonçalves, a acolhida também foi calorosa. Na rua, algumas pessoas gritavam: "Viva o Brasil!".

Durante as visitas aos Portos do Peru (Matarani e Ilo) e Chile (Arica e Iquique), o governador Blairo Maggi e assessores constataram que os terminais não estão equipados para atender à grande demanda de exportação de grãos de Mato Grosso, cuja produção este ano é estimada em 21,2 milhões de toneladas. O calado também não é adequado para receber grandes navios e os preços, comparados aos dos portos do Oceano Atlântico, também não são competitivos. Além dos investimentos em estradas, os portos deverão se adequar para atender a velocidade exigida na exportação de commodities, onde, no processo just time, qualquer atraso gera pesadas multas.

Mas, se a saída pelo Pacífico fica adiada por ora, os protocolos de intenções assinados entre os Governos de Mato Grosso e os regionais da Bolívia, Peru e Chile, podem incrementar os negócios intra-regionais. As cooperações são em vários setores, como indústria, agricultura, tecnologia, meio-ambiente e turismo. Esta iniciativa brasileira ganhou destaque na imprensa local das cidades percorridas. No Peru, por exemplo, o principal jornal, o "Correo", estampou na edição de Arequipa, no dia 17 de fevereiro: "Brasil abre sus puertas al Peru". Na edição do dia seguinte, já na cidade de Tacna, a manchete do "Correo" foi: "Mato Grosso abre puertas a Tacna".

Além disso, convênios foram assinados entre a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pelo reitor Paulo Speller e dirigentes de instituições privadas e do Estado, para promover o intercâmbio entre pesquisadores, professores e alunos. A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), liderada pelo seu presidente, Nereu Pasini, igualmente assinou convênios com Câmaras de Indústria e Comércios das regiões visitadas para criar um núcleo de cooperação empresarial.

Na área de turismo, são grandes as possibilidades de incremento dos negócios. Já na Bolívia, existem maravilhas arquitetônicas, como na pequena Concepción, onde os jesuítas construíram a Catedral San Ignácio de Loyola, no século 18, como no distrito de Concepción.





Fonte: Secom - MT

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