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Saúde
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 09:12
Por: JOANICE DE DEUS

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Em cumprimento à política de humanização voltada para o atendimento aos portadores de distúrbios metais, o Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho, da Secretaria de Estado de Mato Grosso (Ses), promoveu na tarde desta sexta-feira (25.02) uma comemoração entre os 110 pacientes e seus familiares. “A atividade faz parte do programa de humanização e reintegração do paciente ao convívio familiar”, disse o diretor geral do Centro Integrado, Rodrigo Sérgio Garcia Rodrigues.

De acordo com Rodrigo Sérgio, as atividades de reintegração à sociedade começam desde a internação, onde os pacientes são assistidos por uma equipe multidisciplinar composta psiquiatra, psicólogos, assistente social, terapeuta ocupacional, arteterapeuta, músico terapeuta e enfermeiros. “A equipe trabalha com a possibilidade de tempo mínimo de internação acelerando o processo de reintegração à sociedade”, explicou Rodrigo Sérgio.

Rodrigo Sérgio comenta que o trabalho do psicólogo, por exemplo, envolve toda a família dos internos, que muitas vezes são rejeitados por questões sociais ou mesmo por não possuírem condições de cuidar. E, dentro do processo terapêutico, entra a arteterapia com a realização de trabalhos manuais (cerâmicas, papéis, pintura, entre outros) e que visa resgatar o potencial criativo, buscando o psique saudável e estimulando a autonomia e transformação interna.

Assim, quando o paciente sai da internação vai para o Serviço Substitutivo, que no caso dos que possuem distúrbios mentais são encaminhados para o Hospital Dia e, quando o problema é álcool ou outras drogas, para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD). “É a transição entre a inserção do paciente e a sociedade”, disse Rodrigo Sérgio. “O trabalho humanizado visa reforçar o Serviço Substitutivo e evitar a internação”, reforçou.

Hoje, o Centro Integrado tem 110 internos entre homens e mulheres, que ficam em alas distintas. “Mas todas as comemorações são feitas em conjunto”, comentou Rodrigo Sérgio. “Nosso objetivo é fazer com que os pacientes, que muitas vezes são abandonados pela própria família, se sintam parte da sociedade e que são lembrados por seus familiares”, enfatizou.

A festa de confraternização, que também visa homenagear os aniversariantes do mês, é realizada pelo Centro Integrado todas as últimas sextas-feiras de cada mês. De acordo com a terapeuta ocupacional Solange Lopes, esta é a 10ª edição da festa, que é uma das atividades da terapia ocupacional e da arteterapia desenvolvidas pelo Centro Integrado. Animados, os pacientes cantaram, dançaram e participaram do karaokê.

Para Antônio Carlos da Silva, 30 anos, um dos pacientes do Centro Integrado, a comemoração é mais que uma terapia. “Quando você se envolve com drogas, como é o meu caso, você se afasta de todos e esta é uma maneira de lembrar que é possível estar lá fora lúcido e sem usar drogas”, afirmou Antônio.

O Centro Integrado tem oito unidades: Pronto Atendimento (P.A.), Internação (masculino e feminino), Hospital Dia, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD), Centro de Atenção Psicossocial Infantil, Unidade 2, localizada no Presídio Pascoal Ramos, Ambulatório e a Unidade de Atenção a Portadores de Deficiência Física e Mental, que assumiu da Prosol desde o início de janeiro deste ano com 25 crianças deficientes mentais. “Estamos adequando um novo prédio que será inaugurado dentro de 20 dias para atender essas crianças”, informou Rodrigo Sérgio.





Fonte: Assessoria Ses/MT

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