Paulinho diz que pedirá ao Congresso urgência para a reforma sindical

Brasília - O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que pretende pedir urgência para o projeto da reforma sindical e apoio da base aliada do governo no Congresso para a aprovação do projeto.

A entrega formal da proposta ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, será no dia 2 de março, na presença de cerca de 500 presidentes de sindicatos. Na última quarta-feira, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, acompanhado por dirigentes de quatro centrais sindicais, o deputado sobre o assunto.

Paulinho disse que vai pedir também ao presidente que ajude a convencer os empresários sobre a presença de representação sindical nos locais de trabalho. Segundo ele, o empresariado resiste à iniciativa, contida na proposta da reforma sindical.

"Isso vai levar para dentro das empresas a democracia. Nas empresas que têm representação sindical, a relação capital e trabalho melhorou muito", afirmou o dirigente ao chegar ao Palácio do Planalto para o encontro de Lula com representantes de centrais sindicais e confederações empresariais.

Quanto ao fim da contribuição sindical compulsória, Paulinho lembrou que alguns sindicatos são contrários à idéia. Ele disse que pretende defender a instituição de uma taxa que corresponda à atuação do sindicato. Na reforma, a proposta é criar uma contribuição de, no máximo, 1% do salário anual do trabalhador e acabar com as contribuições compulsórias e o Imposto Sindical. Para ele, a contribuição tem de ser proporcional ao trabalho do sindicato.

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, também participa da reunião.