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Educação/Vestibular
Quinta - 24 de Fevereiro de 2005 às 10:56
Por: PAOLA CARLINI

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Mais de 350 pessoas entre homens e mulheres desempregados, trabalhadores rurais e estudantes em busca do primeiro emprego terão mais uma chance no mercado de trabalho a partir da próxima segunda-feira (28.02). Centenas de alunos do Plano Territorial de Qualificação, executado pelo Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec), em convênio com a Secretária de Trabalho Emprego e Cidadania e o Ministério do Trabalho e Emprego receberão seus certificados de conclusão de curso de qualificação em oito cidades.

Ao longo de três meses, de 10 de dezembro do ano passado a 21 de fevereiro deste ano, os alunos do Planteq em oito municípios freqüentaram os cursos de qualificação e formação continuada, de 200 horas, de Pedreiro, Administração de Pequenas Propriedades Rurais, Informática Básica, Técnicas em Vendas, Auxiliar de Escritório com Ênfase em Informática e Técnicas de Turismo Ecológico e Rural.

Durante os cursos os alunos puderam conhecer da maneira prática o da-a-dia da atividade que escolheram para estudar, foi o que aconteceu nas aulas de campo. Os participantes do curso de Pedreiro de Rondonópolis, Sapezal, Carlinda e Campo Novo dos Parecis, voluntariamente construíram uma casa, escolhida entre os moradores carentes das cidades que não tinham condição de pagar mão de obra. Aos fins de semana os professores dos cursos em conjunto com os alunos trabalhavam para erguer todas as casas.

Os 20 alunos do curso de Administração de Pequenas Propriedades Rurais de Confresa (1160 quilômetros da capital) receberam os certificados de conclusão no último dia 20, visitaram uma pequena propriedade do Projeto Vida Nova. Este projeto do governo do Estado executado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (Seder) e a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) foi criado para provar que podem ser criados assentamentos com pequenas propriedades e uma família de cinco pessoas pode sobreviver em apenas 1,26 hectare.

Segundo uma das coordenadoras dos cursos, Margareth Marques, na visita os alunos conheceram a propriedade do Senhor Ariolino Goncalvez Castro. Nesta pequena área os alunos puderam constatar como o produtor trabalha. “Nesta área ele planta arroz, feijão milho, mandioca para sua subsistência e vende o que ele não consome. Este exemplo mostra como é possível o pequeno produtor se fixar no campo mesmo em uma área menor”, concluiu a professora que acompanhou os alunos em Confresa.

EMPREGO - O Planteq é um programa do Plano Nacional de Qualificação, PNQ, do Ministério do Trabalho e Emprego e em Mato Grosso é coordenado e executado pela Setec em convênio com instituições de educação. Um dos principais objetivos do PNQ é oferecer cursos básicos de qualificação, atualização e desenvolvimento profissional para jovens, adultos e trabalhadores. Os cursos são especificamente escolhidos para atender demandas específicas em cada cidade. No Mato Grosso o Governo do Estado entrou com uma contrapartida de 26%, enquanto o convênio com o governo federal prevê 10%.

A expectativa da maior parte dos alunos que freqüentam é conseguir uma vaga ou um emprego melhor no mundo concorrido do trabalho. Ao longo das aulas muitos conseguiram emprego e outros descobriram novas formas de exercitar o que aprenderam.

No curso de Técnicas em Vendas, que aconteceu na Escola Estadual Fernando Leite em Várzea Grande, alguns alunos conseguiram trabalho antes mesmo de concluir o curso.

José Aparecido, 27 anos apresentou seu currículo em uma agência de empregos e foi chamado para trabalhar em uma empresa de telefonia fixa na área de vendas. E Diva Márcia de Almeida, 19 anos, que nunca havia trabalhado foi contratada para ser promotora de vendas de uma marca de café. “É gratificante pode fazer aquilo que gosta, isso aprendi aqui”, revelou.

Agitada a aluna Luciana de Oliveira, 26 anos, conseguiu uma vaga no primeiro dia do curso, dias depois foi transferida para uma empresa despachante. “Começei fazendo 30 processos de regularização de documentos por dia, enquanto as minhas colegas faziam só cinco. Depois disso montei um sistema para acompanhar os processos que retornavam à empresa. Meu chefe gostou tanto do meu esforço que até me deu uma moto”, comemorou.

Veterano do mercado de vendas imobiliárias, há 15 anos, Elci Santos, 34 anos, contou que o conteúdo disseminado no curso serve para alertar as pessoas que já trabalham na área que é preciso prestar atenção em velhas práticas do trabalho. “Na empresa que sou sócio melhorei o atendimento, trabalhamos agora no pós venda, e por conta dos créditos que aprovamos conseguimos até um link no portal uol”, relatou.

No curso de Informática Básica oferecido na mesma escola em Várzea Grande, os estudantes, entre 16 a 22 anos, descobriram como é importante trabalham em equipe. “No inicio das aulas nos estranhávamos, nem todo mundo conversava por que sentávamos em duplas mas hoje nós somos todos amigos e trocamos conhecimento”, contou Marcelo Oliveira Moraes, 22 anos.

Já a turma de Auxiliar de Escritório com ênfase em informática, do Cefapro de Várzea Grande, ficou tão motivada com o curso que montou três peças de teatro para simular entre os alunos a rotina e os problemas de uma empresa. São elas “Dia a Dia de um Escritório”, “Lição de Vida” e “Empresa de Creme Dental”.





Fonte: Assessoria Ceprotec - MT

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