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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 22 de Fevereiro de 2005 às 22:55
Por: Natalia Martín Cantero

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O julgamento contra Michael Jackson retomou nesta terça-feira o processo de seleção do jurado, após dois atrasos motivados pela morte de um familiar do advogado defensor e, posteriormente, por uma gripe do cantor.

Jackson chegou adiantado hoje ao pequeno tribunal da localidade californiana de Santa Maria, vestido de preto e com uma braçadeira azul no braço.

Cerca de 20 fãs esperavam em frente ao tribunal para ver o "rei do pop", que parecia recuperado da gripe sofrida há uma semana.

Dos mais de 240 potenciais jurados que responderam um questionário sobre o cantor, o juiz responsável pelo caso escolheu um primeiro grupo de 113 pessoas, que começam a ser interrogados pela procuradoria e pela defesa amanhã.

A essa altura, que o dia tenha começado com normalidade é quase uma surpresa.

Após os dois atrasos, os jornalistas que cobrem o julgamento se perguntam que novos imprevistos irão enfrentar nos próximos dias.

Na terça-feira passada, quando restavam apenas 15 minutos para o início da nova fase de seleção do jurado, Jackson teve de ser levado ao hospital, onde foi internado de urgência.

Durante o adiamento, o site "The Smoking Gun" (www.thesmokinggun.com) colocou na rede um texto de cerca de 2.000 páginas que supostamente inclui as conclusões do jurado de investigação do caso.

Fragmentos desses documentos foram divulgados pela rede de televisão ABC. Nos textos a suposta vítima dos abusos garante que Jackson o ensinou a se masturbar e colocou as mãos em seu pênis, para ajudá-lo.

Como é de se esperar num processo contra um dos artistas mais extravagantes da atualidade, o caso caminha para se transformar em um espetáculo.

Por ora, os advogados do Jackson anunciaram sua intenção de convocar uma longa lista de estrelas para defender o cantor, o que irá assegurar ainda mais atenção ao já espalhafatoso processo.

Entre os famosos, estão a atriz Elizabeth Taylor, o jogador de basquete Kobe Bryant e o popular apresentador de TV Jay Leno.

Junto a eles, a defesa também pensa em chamar para testemunhar outros músicos, como Stevie Wonder, Diana Ross e Barry Gibb.

Os advogados de Jackson compartilharam esta informação com os possíveis membros do jurado, todos eles residentes na localidade de Santa Maria, onde fica Neverland, o rancho do cantor.

Dada o enorme fama de Jackson, os selecionadores decidiram desistir de encontrar 20 possíveis jurados que desconheçam o caso, pois isso parece impossível.

O que querem é escolher um painel sem uma idéia preconcebida do processo, do comportamento extravagante do cantor ou das acusações de pedofilia.

Este último ponto é particularmente importante para a defesa, pois Jackson já enfrentou outra acusação de pedofilia. O caso aconteceu em 1993, quando o cantor teria abusado de um menino de doze anos. O problema foi resolvido com um acordo civil de 20 milhões de dólares, pagos ao menino.

O cantor, em liberdade condicional sob fiança de três milhões de dólares, poderia ser condenado a uma pena de 20 anos se o jurado o considerar culpado dos dez crimes dos quais é acusado, entre eles abuso sexual de um menor, que na época tinha 13 anos e se recuperava de um câncer.

Jackson se declarou inocente de todos as acusações e afirmou que tudo é "uma grande mentira".





Fonte: EFE

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