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Internacional
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 03:25
Por: Jair Rattner

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Lisboa - Portugal virou à esquerda. Segundo três sondagens de boca-de-urna, o Partido Socialista, dirigido por José Sócrates, venceu as eleições deste domingo com uma votação entre 44% e 50% dos votos, o que lhe daria maioria absoluta no Parlamento português.

O Partido Social-Democrata, de centro-direita, do atual primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, teria ficado entre 23% e 29%.

De acordo com as três sondagens, o PS deverá obter entre 117 e 136 cadeiras, num Parlamento de 230, graças à legislação eleitoral portuguesa, que favorece a formação de maiorias. O PSD vai manter-se como segundo partido do país, entre 62 e 75 cadeiras.

As pesquisas de boca-de-urna apontaram que o terceiro maior partido deverá ser a Coligação Democrática Unitária, encabeçada pelo Partido Comunista Português, com 6% a 9% dos votos, o que lhe daria 8 a 14 cadeiras - atualmente tem oito.

Outro partido da esquerda que garante representação parlamentar é o Bloco de Esquerda, que reúne trotskistas, ex-maoístas e ex-comunistas. Atualmente com três deputados, poderia triplicar a sua representação parlamentar.

À direita, o Centro Democrático Social-Partido Popular teria obtido entre sete e dez deputados, caindo de terceira para quinta força política do país, com 5,8% a 7% dos votos.

Segundo dados oficiais, dos 8,5 milhões de eleitores compareceram para votar 70%, uma melhora em relação às últimas eleições legislativas, quando a abstenção ultrapassou os 40%.

Comentando as projeções, o porta-voz do Partido Socialista, Pedro Silva Pereira, afirmou: "O PS olha com prudência para estes resultados, mas tudo indica que os portugueses votaram na mudança e na alternativa que apresentamos ao país. Os portugueses não apenas queriam ver-se livre de um governo, mas apóiam o projeto apresentado pelo Partido Socialista."

A atuação errática do governo - que durante quatro meses anunciava medidas que eram negadas no dia seguinte, como a redução de impostos, a mudança de ministérios para o interior, o fechamento de uma refinaria depois de um incêndio - aliada à crise econômica acabou por afastar eleitores tradicionais do partido.




Fonte: Agência Estado

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