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Economia
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 07:44
Por: Mariana Peres

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As cadeias produtivas da pecuária de corte e da suinocultura terão 2005 como um marco, em função da criação do Fundo da Carne. Por meio de renúncia fiscal, o Estado estará repassando anualmente ao Fundo, R$ 3,5 milhões para serem utilizados em ações que tenham o objetivo de desenvolver e promover as duas atividades.

O Fundo está sendo promovido por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), gerenciado pela Secretaria de Indústria, Comércio, Mineração e Energia (Sicme). O Fundo está constituído com 5% da arrecadação estadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos frigoríficos de suínos e bovinos, somente do total faturado sobre a carne.

O novo secretário adjunto de Desenvolvimento Rural, Luiz Carlos Meister, incumbido de desenvolver o Fundo, explica que o primeiro passo para atacar os gargalos do setor da carne no Estado é atualização do setor. "Isso vai nos mostrar os reais entraves das cadeias. Um diagnóstico vai nos ajudar a alavancar o setor, que é o objetivo do Fundo. Somos o maior rebanho nacional de bovino, mas até hoje, as informações a cerca da bovinocultura de corte remontam quatro ou cinco anos", explica. O rebanho estadual, atualmente com 26,04 milhões de cabeça registra ano a ano um crescimento de cerca de 1 milhão de cabeças.

Esse estudo antigo, foi realizado pela Universidade Federal de Viçosa (MG) e foi patrocinado pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), "e é esta mesma entidade que está sendo contactada para implementar um novo estudo", completa Meister.

Mas o adjunto reconhece que o maior desafio para o cumprimento das metas do Fundo da Carne, será sentar em uma mesma mesa, pecuaristas e frigoríficos, "para que cada um saiba o que produzir, como deve ser e para quem. E também buscar ouvir o que o consumidor tem a dizer, porque ainda hoje não há a identificação de necessidades. A relação entre estes três elos tem de estar clara", observa.

A alavancagem se dará por meio de várias frentes. Meister explica que a cultura da carne precisa ser mudada, "ainda hoje se vende carne de vaca e de búfalo, como sendo carne de boi. A dona-de-casa, por exemplo, não conhece cortes. É necessário uma ação para que os consumidores sejam educados. Para promover a carne precisamos fazer a lição de casa", justifica.

Além deste trabalho de "abcd" da carne, o marketing interno, voltado, principalmente para exaltação dos benefícios da carne bovina e suína para saúde humana serão disseminados. Todos esses passos, segundo Miester, vão dar suporte às ações que visam o atendimento ao mercado externo, "pois o mercado nacional é limitado.




Fonte: Diário de Cuiaba

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