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Nacional
Sábado - 19 de Fevereiro de 2005 às 06:47

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Dois netos e um comparsa, namorado de uma terceira neta, assassinaram a facadas na madrugada da sexta-feira o casal de idosos Carlos Pereira, 70 anos, e Ozilda Severina de Jesus, 80 anos, no bairro Pilar, em Belo Horizonte.

A crueldade dos criminosos impressionou até mesmo os policiais que estiveram no local pela manhã. Carlos Pereira recebeu 17 facadas, uma no pescoço, 13 no peito e abdômen, e três nos braços. Ozilda, que teria aberto o portão para o neto atendendo a um pedido de socorro durante a madrugada, foi golpeada no pescoço e quase teve a cabeça decepada.

Joel Rodrigues da Costa, 23 anos, preso em flagrante no final da tarde, foi quem chamou a polícia, alegando que havia se deparado com os corpos dos avós por volta das 9 horas, quando chegou para uma visita. Ele acabou confessando o duplo homicídio ao titular da 2ª Delegacia de Homicídios, Vicente Guilherme.

Os outros dois suspeitos, apontados por ele como sendo seu irmão Rafael Rodrigues da Costa, 22 anos, e um primo identificado apenas pelo nome Arley, da mesma idade, estão foragidos.

Em depoimento à polícia, Joel da Costa revelou que bateu no portão da casa por volta das 4 horas, pedindo abrigo após alegar que havia tido um desentendimento na favela onde morava. A avó, inocentemente, abriu o portão, e o marido, que havia apanhado um facão na cozinha para se proteger, largou o instrumento em cima da pia.

Assim que o portão foi aberto, os criminosos invadiram a residência e partiram para cima da senhora indefesa, matando-a ainda na varanda. Os outros rapazes cercaram o avô na cozinha.

Depois de cometer o assassinato, o trio revirou a casa atrás das economias que o casal guardava em casa. Eles levaram algum dinheiro, mas a polícia não soube revelar quanto.

Além da pensão do INSS, Carlos Pereira e Ozilda de Jesus complementavam a renda com o aluguel de imóveis que tinham na região. Eles viviam na casa há mais de 40 anos, e eram muito queridos pelos vizinhos.

"Eles sempre ajudavam os mais pobres, eram atenciosos. Não há como entender uma barbaridade dessas", lamentou a vizinha Sônia Maria Fonseca.




Fonte: Hoje em Dia

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