Operadora convergente fecha 2004 com lucro de R$ 277 milhões

O primeiro balanço da Brasil Telecom, BrT, como multiprovedora de serviços de telecomunicações, após a entrada no final do ano passado da operadora no negócio de telefonia móvel, revela um crescimento de 15,2% da receita bruta da empresa, que atingiu R$ 12,7 bilhões.

A receita com os serviços de transmissão de dados totalizou R$ 1,4 bilhão e contribuiu fortemente para este avanço, com expansão de 49,1% em relação a 2003. As conexões em banda larga aumentaram 89,9% e alcançaram 535, 5 mil. A operadora superou um prejuízo de R$ 25,3 milhões em 2003 e fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 277 milhões.

Na telefonia móvel, em apenas um trimestre de operação comercial, a Brasil Telecom GSM conquistou, segundo as informações do balanço, 622,2 mil clientes, dos quais 205,7 mil pós-pagos e 416,5 mil pré-pagos.

Com esse desempenho a operadora atingiu uma participação de 3,2% na sua área de atuação. As vendas de Natal, apoiadas na oferta de lançamento Pula-Pula, garantiram 368,4 mil adesões à base de assinantes somente em dezembro. A base instalada de linhas fixas da BrT, concentrada nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, aumentou 0,5% e atingiu 10,7 milhões de terminais.

A base de assinantes de serviços de banda larga da operadora saltou de 281,9 mil em dezembro de 2003 para 535,5 mil em dezembro de 2004, revelando-se um dos mais promissores negócios da operadora. Os três provedores de internet da empresa, o BrTurbo, o iBest e o iG, fecharam o ano passado com cinco milhões de clientes e situaram a empresa, segundo informações complementares do balanço, como maior provedor de acesso da América Latina.

Nos serviços de telefonia de longa distância, a Brasil Telecom alcançou uma posição privilegiada, com participação de 48,9% nos serviços inter-regionais e 26,6% nos serviços internacionais. A receita com serviços de longa distância cresceu 18,8% ao longo de 2004, saltando de R$ 1,45 bilhão para R$ 1,72 bilhão.

A margem Ebitda foi de 31,3% no trimestre. A margem Ebitda no consolidado, excluindo o efeito da BrT GSM, foi de 41,4% em 2004. Ao final do ano, a dívida total consolidada da operadora era R$ 5,28 bilhões, 2,6% menor do que a registrada em dezembro de 2003. A dívida em dólares, em 31 de dezembro de 2004, representava 14,3% da dívida total, o equivalente a R$ 755,4 milhões.