Criticado por Pagot confia no PP

No centro de uma crise entre o deputado federal Pedro Henry (PP) e o secretário de Estado de Infra-estrutura, Luiz Antônio Pagot, Gilson Oliveira dos Santos, revelou ontem que vai aguardar a orientação do seu partido (PP) para saber se continuará ou não compondo o segundo escalão do governo Blairo Maggi como secretário-adjunto de Transportes.

Gilson foi criticado por Pagot, quando este reagiu aos ataques de Pedro Henry. A polêmica começou com a iniciativa do deputado progressista em procurar o governador para dizer que o secretário de Infra-estrutura estava cometendo abusos e agindo com desrespeito e perseguição, ao ponto de suspender todas as atribuições de Gilson, por este ser pai do vereador Marcus Fabrício PP). Em resposta, Luiz Pagot classificou Henry de ditadorzinho truculento e, sobre Gilson, disse: "Há muito tempo ele (Gilson) vem deixando a desejar. E o governador sabe disso".

Evitando polemizar o assunto, Gilson Oliveira, que retornou de férias, comentou ontem que "Pagot tem todo o direito de restringir atuação de assessores". "Não acredito que ele (Pagot) tenha falado aquilo. No último fórum nacional de secretários, o Pagot até me elogiou", diz Gilson, que agora está limitado a cuidar de assuntos externos da pasta, enquanto os superintendentes são responsáveis por ações internas na área de transportes.

Apesar de negar relação conflitante com Pagot, Gilson disse que continua no cargo até surgir eventual ordem do PP de Pedro Henry, que exigiu uma resposta do governador quanto à postura de Pagot. "Na época (mês passado), o Pedro Henry conversou com o governador e espera decisão. Estou pronto para cumprir o que for determinado".

Gilson é pai do vereador Marcus Fabrício, que, com aval de Henry, ensaiou disputa à presidência da Câmara Municipal de Cuiabá. Desistiu, de última hora, por falta de apoio. Nos bastidores, acusa Pagot de ter influenciado no processo. A vereadora Chica Nunes (PSDB) foi eleita presidente com chapa única.