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Economia
Quinta - 17 de Fevereiro de 2005 às 14:40
Por: Dayse Nascimento

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Rio - Das cinco atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir de 2000, para apurar o nível de crescimento de vendas no comércio, todas apresentaram resultado positivo em 2004 em relação a dezembro de 2003, de acordo com as informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) disponibilizadas hoje pelo instituto.

As taxas foram de 12,36% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 23,46% em móveis e eletrodomésticos; 18,70% para veículos, motos, partes e peças; 4,89% para tecidos, vestuário e calçados e 3,36% em combustíveis e lubrificantes.

Entre as novas atividades pesquisadas, os resultados mensais do volume de vendas, em dezembro, foram de 15,05% em outros artigos de uso pessoal e doméstico; 10,98% para livros, jornais, revistas e papelaria; 4,15% em material de construção; 3,82% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; e -9,68% para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação.

O setor de móveis e eletrodomésticos manteve em dezembro o patamar de crescimento dos últimos meses. Seu volume de vendas cresceu 23,46% sobre o mesmo mês de 2003. De acordo com a pesquisa divulgada, esse resultado foi alcançado em função da melhoria nas condições de crédito e da massa de salários, bem como pela demanda reprimida dos anos anteriores. Esses fatores fizeram com que o segmento registrasse a maior taxa crescimento no volume de vendas no acumulado de 2004: 26,37%, em relação a 2003, seu primeiro resultado positivo dos últimos quatro anos.

As facilidades no crediário também influenciaram positivamente o setor de veículos, motos, partes e peças, que apresentou variação de 18,70% de aumento no volume de vendas em dezembro de 2004 em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o setor acumulou crescimento de 17,80% sobre o mesmo período de 2003, o segundo maior crescimento de 2004 e seu primeiro resultado positivo em quatro anos.

Em dezembro, o volume de vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, ao contrário do resultado de novembro, cresceu acima da média geral do varejo: 12,36% em relação a igual mês de 2003. Em termos de indicador mensal, continuou sendo o segmento com a maior influência na formação da taxa global do setor. Em 2004 acumulou 7,22% com relação a 2003, resultado inferior à taxa anual do varejo, de 9,25%.

O ramo de tecidos, vestuário e calçados terminou o ano com aumento no ritmo de crescimento do volume de vendas. A taxa foi de 4,89% sobre dezembro de 2003. No acumulado do ano a taxa de crescimento das vendas foi da ordem de 4,73%, o que significa praticamente metade da variação percentual assinalada pelo setor varejista. Mesmo assim, este foi o maior acréscimo obtido pela atividade nos quatro anos de PMC. Seu último desempenho positivo ocorreu em 2001, quando registrou 1,59% de expansão sobre o ano anterior.

O segmento de combustíveis e lubrificantes foi outro a revelar em 2004 desempenho inferior à média. A taxa foi de 3,36% na relação dezembro 2004/dezembro 2003. Afetado pelos acréscimos de preço dos combustíveis acima da média geral de inflação (17,87% contra 7,60% no acumulado de 2004 segundo o IPCA), o crescimento da atividade deixou de acompanhar o ritmo de expansão do setor varejista, acumulando nos 12 meses do ano aumento de 4,67% sobre o mesmo período de 2003, taxa inferior à de 2002 (de 5,64%), que era o último resultado anual positivo assinalado pelo setor.

Com relação às novas atividades selecionadas em 2003, duas apresentaram no ano passado taxas de desempenho acima da média do comércio varejista. O setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, teve crescimento de 16,25% na relação janeiro-dezembro 2004/janeiro-dezembro 2003, e o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação teve variação de 10,07.

Em dezembro, São Paulo e do Rio de Janeiro, estados que respondem juntos por quase metade da receita de vendas do varejo nacional, continuaram com resultados diferenciados em relação à média: o volume paulista de vendas chegou a 11,36% com relação a dezembro de 2003 e do Rio de Janeiro ficou em 7,81%.

No acumulado do ano, São Paulo registrou taxa de crescimento de 8,93% e o Rio de 6,85%. De acordo com a pesquisa do IBGE, as principais influências vieram da discrepância regional nas performances de combustíveis e lubrificantes e de tecidos - em São Paulo a taxa foi de 8,86% e no Rio, 5,46% -; e vestuário e calçados - a variação em São Paulo foi de -0,76%, e de -1,93% no Rio de Janeiro.





Fonte: Agência Brasil

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