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Nacional
Quinta - 17 de Fevereiro de 2005 às 06:52

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Em sua primeira entrevista coletiva como presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti defendeu a permanência de Luiz Inácio Lula da Silva por mais dois anos na presidência do Brasil, porém sem direito à reeleição.

Severino chamou o presidente Lula de "Dutra", comprou briga com quem divide os deputados entre "alto" e "baixo clero" e garantiu que não é um "tresloucado".

Cavalcanti afirmou que "pode não gostar do presidente 'Dutra'(Lula)", mas vai garantir sua governabilidade. "Não podemos criar empecilhos para o governo. Fui eleito pela oposição, mas garanti a independência do poder legislativo, e não receberemos do Palácio (do Planalto)a ordem do dia", disse, criticando novamente o excesso de medidas provisórias.

Mais cedo, momentos antes de receber o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, Severino rebateu as críticas à sua promessa de campanha de aumento de salário para os deputados. Ele recomendou que os insatisfeitos façam uma carta denunciando o reajuste. "Queria que esses deputados que estão preocupados com isso fizessem uma carta renunciando ao que for reajustado. Assim, eles deixariam de receber", disse.

Casamento gay

Durante a entrevista coletiva, Severino Cavalcanti também fez duras críticas ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Perguntado a respeito do tema, Severino foi contundente: "Deixarei a presidência, vou ao plenário e votarei contra, não posso aceitar casamentos de homem com homem e mulher com mulher", disparou.

Questionado sobre a sua agenda econômica, Cavalcanti declarou que o mercado não precisa temer a sua eleição. "Tenho certeza de que fazemos uma administração correta. Não sou um tresloucado, e acho que o mercado pode confiar", afirmou.

Quanto a um possível boicote dos deputados do chamado "alto clero" à sua presidência, Cavalcanti afirmou que vai terminar com o preconceito entre os deputados. "Deputados têm de ser tratados com igualdade, tem que terminar com estes preconceitos que existiram até agora. Quem vai dominar é a maioria dos deputados e não grupinhos", garantiu.




Fonte: Terra

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