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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 16 de Fevereiro de 2005 às 09:37

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Os sentimentos anti-sírios explodiram nesta quarta-feira em Beirute, durante o funeral do ex-primeiro-ministro assassinado, Rafik Hariri.

"Fora Síria", gritavam milhares de pessoas que seguiam a pé a ambulância que levou o corpo de Hariri até a mesquita de El Amin, onde será velado.

À passagem da cortejo fúnebre, as mesquitas não pararam de emitir versículos do Corão e as campanas das igrejas soavam.

As pessoas que seguiam o caixão carregavam cartazes com mensagens como: "Choramos ao líder mártir que deu sua vida ao serviço dos pobres"; "O sonho permanece vivo e o futuro é nosso"; "Para ti a eternidade do Paraíso, Príncipe dos Pobres".

O assassinato de Hariri foi espontaneamente atribuído à Síria - país que exerce uma espécie de tutela sobre seu pequeno vizinho libanês. O ex-premier teve sérias diferenças com o regime de Damasco que o levaram a se demitir do cargo no ano passado.

Ontem, ocorreram alguns incidentes com motivações anti-sírias, especialmente na cidade natal de Hariri, Sidon, onde desconhecidos queimaram um caminhão sírio enquanto um grupo de seguidores de Hariri iniciaram uma briga com trabalhadores daquele país, deixando cinco feridos.

Hariri foi assassinado na segunda-feira, num atentado com carro-bomba, que deixou outros 14 mortos.

A Síria condenou imediatamente o atentado, mas a oposição libanesa se apressou a atribuir o atentado ao regime de Damasco e ao próprio governo libanês, ao qual consideram uma "marionete" de Damasco.

O governo americano, sem apontar diretamente a Damasco, decidiu ontem retirar a sua embaixadora da capital síria, o que foi interpretado como uma acusação velada contra os sírios.





Fonte: EFE

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