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Internacional
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 14:56

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A organização ecológica Greenpeace denunciou nesta terça-feira a pouca supervisão sobre certos cultivos transgênicos na Europa e pediu o fim da comercialização de milho geneticamente modificado da companhia americana Monsanto.

Representantes da organização não-governamental acusaram os responsáveis da Comissão Européia de "expor" a população dos 25 países membros "aos riscos irreversíveis dos cultivos modificados geneticamente" e de "escavar a normativa em matéria de segurança".

Representantes do Greenpeace disseram numa entrevista coletiva em Genebra que em setembro a Comissão Européia decidiu incluir 17 variedades de milho transgênico "Mon810", da firma Monsanto, em seu catálogos de sementes, o que abre a via para que esse tipo de cultivo entre em território do bloco.

Acrescentaram que o "Mon810" contém a denominada "Bt-toxina", que, segundo alguns estudos científicos, tem "efeitos potencialmente nocivos" para os terrenos de cultivo e para algumas espécies de borboletas.

O responsável pela campanha internacional do Greenpeace contra os cultivos transgênicos, Christoph Then, disse que a Comissão Européia "garante que os cultivos de milho transgênico da Monsanto estão suficientemente supervisados".

No entanto, Then afirmou que os especialistas do Greenpeace constataram que "o único plano de supervisão ao que se refere a UE não é nada além do próprio controle que desde 1995 a Monsanto faz".

Os representantes do Greenpeace destacaram que a Espanha é o principal produtor europeu de milho transgênico, embora tenham lembrado que os alimentos geneticamente modificados são destinados apenas ao consumo animal.

"A maior parte da população e das cadeias alimentares rejeitam os transgênicos em produtos para o consumo humano", disse Daniel Mittler, outro responsável pela campanha internacional de Greenpeace contra os produtos geneticamente modificados.

Outros membros do Greenpeace acrescentaram que nos próximos dias a Organização Mundial do Comércio (OMC) estudará uma demanda interposta pelos Estados Unidos, Canadá e Argentina contra a política da UE em relação aos transgênicos.

Fontes do Greenpeace informaram que os EUA pedem que a UE pague 1,8 bilhão de dólares pelos supostos prejuízos causados por sua política de restrições à importação de transgênicos.





Fonte: EFE

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