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Politica Brasil
Terça - 15 de Fevereiro de 2005 às 12:58

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Nos últimos minutos permitidos para mudança de partido com o objetivo definir a distribuição das comissões na Câmara dos Deputados, Miro Teixeira (RJ) surpreendeu ao deixar o PPS para se filiar ao PT, que mantém a posição de maior bancada na Casa.

Com isso, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, chave para o andamento dos projetos prioritários do governo.

Para a partilha das comissões e distribuição de cargos, vale o número de filiações registrado até a meia-noite de segunda-feira. Com isso, o PT, que por pouco não perdeu o status de maior bancada para o PMDB, encerrou o dia 14 com 91 deputados. O PMDB, por outro lado, que nas últimas 12 horas chegou a ter 92 parlamentares, terminou com uma bancada de 88 nomes.

Nos últimos minutos para o término do prazo, era grande a fila de deputados procurando registrar mudanças partidárias.

O PFL, por exemplo, que corria o risco de ter apenas uma comissão, decidiu formar bloco com o Prona e chegar a 65 deputados, ficando com a terceira bancada da Casa. A quarta bancada, de 53 deputados, ficou com o PSDB, seguido do PP, com 52.

O troca-troca foi tão intenso que havia parlamentar brigando com o relógio. O deputado Sandro Mabel (PL-GO), líder do partido, chegou um minuto atrasado e não conseguiu registrar as cinco filiações que permitiriam aumentar o número de cargos para o partido.

Ele questionou o horário marcado pelo relógio, mas foi logo repreendido por outros deputados, que conferiram o atraso.

"Deixa eu filiar, pô, não tem ninguém de vocês... Eu cheguei aqui 8 segundos antes da meia noite, de acordo com o Observatório Nacional", justificou Mabel a deputados do PFL.

"Regra é regra, Mabel", retrucou o deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP). "O direito não socorre os que dormem."

Mesmo assim, o líder do PL registrou a migração e passa contar com 51 deputados, superando o PTB, que perdeu um para a sigla evangélica. A mudança, porém, não terá efeito prático para a contagem das comissões e dos cargos.

Durante todo o dia, houve quem entrasse e saísse de um mesmo partido em pouco mais de seis 6 horas. Esse foi o caso do deputado Lino Rossi (MT) que, pela manhã, havia deixado o PP e entrado no PMDB e, mais tarde, retornou à legenda de origem.

"Eu fiz uma besteira...Foi muito mais despreparo do que qualquer outra coisa", disse Rossi, alegando problemas regionais com o PMDB como justificativa para deixar o partido pouco depois de ter se filiado.

Pelas regras, o PT terá o direito de escolher 4 comissões e o PMDB, 3. O Bloco PFL-Prona, PSDB, PP, PTB e PL ficarão com 2 comissões cada, seguidos do PPS, PSB e PDT, com 1 comissão por partido.




Fonte: 24 Horas News

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