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Politica Brasil
Domingo - 13 de Fevereiro de 2005 às 18:15
Por: Daniele Danchura

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O delegado Breno da Mata Tavares e os agentes da Polícia Civil de Brasília Demétrio Gomes Batista e Leoni Cardoso irão responder a um inquérito policial em Cuiabá por lesão corporal. Eles vieram à capital mato-grossense para realizar a prisão do acusado de latrocínio Lincoln Xavier Vaz, de 27 anos, mas deixaram de avisar as autoridades locais. Na detenção do suspeito, também houve confusão. Os policiais entraram em luta corporal e tiros foram disparados. Lincoln foi encaminhado para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) com um tiro na região lombar e um dos policiais, Demétrio, teve a clavícula deslocada.

Depois de socorrerem o fugitivo, os policiais se apresentaram espontaneamente na Delegacia Metropolitana, sendo que o caso foi transferido, por ordem do secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As armas, três pistolas calibre 0.40, e o carro, descaracterizado, um Renault Scénic, foram apreendidos pela polícia.

Os policiais civis de Brasília também irão responder por um inquérito administrativo na Corregedoria da Polícia Civil da capital federal.

“Esses policiais cometeram uma irregularidade policial por não terem procurado a autoridade local. Diligenciaram sem falar com ninguém. Não houve flagrante pelo fato deles terem socorrido a vítima e terem se apresentado espontaneamente na delegacia, mas houve irregularidades”, salientou o diretor da Polícia Civil, delegado Romel dos Santos.

Ele disse ainda que apesar dos policiais estarem no cumprimento do dever e terem uma ordem de serviço em mãos, não poderiam ter agido da forma como aconteceu e por isso vão responder ao processo em Cuiabá.

De acordo com Romel, o diretor geral da Polícia Civil de Brasília e o titular da delegacia de cidade satélite de Guará, onde os policiais estão lotados, já estão cientes do caso.

“Os policiais devem respeitar as outras jurisdições. Devem vir com uma precatória autorizada pelo juiz para fazer a prisão e depois levar embora o acusado, não dessa forma. Tivemos uma irregularidade que ainda não compreendemos por que aconteceu”, completou Romel.

O delegado de Brasília Breno da Mata explicou que para ele o procedimento realizado estava correto. “Fizemos todo o levantamento dos possíveis locais onde poderíamos encontrar o nosso suspeito, para depois podermos passar algo mais completo para a Polícia Civil daqui. Estávamos trabalhando desde a manhã de sexta-feira e o encontramos no último local previsto. Apesar da confusão, tivemos êxito, já que conseguimos prender o acusado”, salientou o delegado, reafirmando não ter agido errado em não entrar em contato com a Polícia Civil de Cuiabá.

Da Mata afirmou também que foi necessário ter disparado contra Lincoln já que ele reagiu à prisão e ainda lesionou um dos seus agentes.

O caso

A prisão de Lincoln aconteceu por volta das 20h30 em um bar em frente ao residencial Faval, localizado na rodovia BR-364, saída de Cuiabá, nas proximidades da Delegacia do Coxipó.

Segundo os policiais civis de Brasília, Lincoln reagiu à prisão e por ser lutador de jiu-jitsu e boxeador, poderia ser perigoso. O delegado Breno teria disparado três tiros para o alto, mas como não surtiu efeito e o suspeito partiu para cima dele, foi necessário o disparo contra Lincoln.




Fonte: Folha do Estado

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