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Internacional
Sexta - 07 de Janeiro de 2005 às 20:36

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Washington - O governo Bush pagou um famoso jornalista para promover uma lei educacional defendida pelo presidente, e para dar espaço na mídia ao secretário (ministro) da Educação, Rod Paige, mostram registros oficiais. Armstrong Williams, um comentarista conhecido nacionalmente nos EUA por seus artigos na imprensa, programas de rádio e TV, recebeu US$ 240.000 do Departamento de Educação para promover a polêmica lei Nenhuma Criança Deixada para Trás.

O contrato exigia que a empresa de Williams, a Graham Williams Group, produzisse anúncios de rádio e TV para promover a lei e apresentasse "locuções" de um minuto feitas pelo secretário Paige. O acordo também permitia que Paige e outras figuras do departamento participassem dos programas de Williams como "convidados".

Williams, um dos principais negros alinhados à ideologia conservadora nos EUA, também deveria usar sua influência pessoal para convencer outros jornalistas negros a tratar do Nenhuma Criança Deixada para Trás. O programa prevê punições para as escolas onde crianças de minorias não tenham bom desempenho.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, evitou responder se considerava o contrato com o jornalista ético ou não, dizendo que a questão dizia respeito ao Departamento de Educação. O Departamento, por sua vez, defendeu a prática, dizendo que houve "uso permitido do dinheiro do contribuinte sob procedimentos legais de contratação".

Williams, por sua vez, considerou "legítimas" as críticas ao contrato. "Minha decisão não foi a melhor", afirmou, referindo-se à aceitação da proposta do governo. "Eu não faria isso de novo".




Fonte: AP

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