Ampliação de mercado e otimização são expectativas

O diretor secretário da Integração das Cooperativas do Médio Norte Mato-grossense (Intercoop), de Nova Mutum (269 quilômetros de Cuiabá), Valdomir Ottonelli, lembra que a possibilidade da associação com a Corrolls Food, começou a ser discutida há cerca de dois ou três meses, quando a granja passou a comercializar animais para o abate.

O diretor técnico da Carrolls em Mato Grosso, Nelso Pasqual, acrescenta que até então, o plantel era negociado com outras indústrias, como as duas plantas frigoríficas de suínos em Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá), com o frigorífico Aurora de São Gabriel D´Oeste (MS), Seara de Dourados (MS), Sadia de Uberlândia e Intercoop.

"Os primeiros abates em Nova Mutum, revelaram que a parceria reduziria custo e maximizaria a nossa produção, assim como otimizaria a estrutura do Intercoop"

No ano passado, o Intercoop exportou três mil toneladas de carne suína, volume que não pode ser comparado com as vendas de 2003, realizadas de forma experimental e em pouca quantidade. "Nossos principais mercados são Hong Kong, Albânia, Lituânia, Rússia e Uruguai. Alguns mercados, como Lituânia, foram conquistados após o embargo à carne brasileira, promovido pela Rússia, maior comprador de carne suína do Brasil, desde junho de 2004", explica.

INVESTIMENTOS - A consolidação da atividade suídea em Mato Grosso é uma realidade em expansão. A agregação de valor à produção agrícola torna cada vez mais necessária, principalmente em tempos de crise, como está sinalizado para 2005. Como se diz na gíria do produtor mato-grossense, "é preciso transformar os grãos (milho e soja) em carne (criação de aves e suínos)".

Em setembro do ano passado a Carrolls Food inaugurou, também em Diamantino (209 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá), a maior fábrica de ração do Estado, com capacidade inicial de produção de 25 toneladas/hora. Foram aplicados inicialmente R$ 6 milhões.

O produto final é composto a base de milho, sorgo, farelo de soja, vitaminas e minerais, matérias-primas adquiridas no Estado, e portanto, a custos mais baixos. Esta é a terceira fábrica do grupo em Mato Grosso.

Construída para alimentar o plantel da granja, 12 mil matrizes, a fábrica - antes de tudo - resolve um problema de logística da Carrols, em Mato Grosso. A empresa, até então, para alimentar os suínos tinha que transportar o farelo de soja de Cuiabá para o município de Sorriso, a 250 km de Diamantino, onde a ração era produzida em uma fábrica arrendada pela empresa. Com a nova fábrica há uma redução de 500 km no trajeto e uma economia de cerca de 10% no custo final da ração, que atualmente gira em torno de R$ 450 a tonelada, de acordo com Pasqual. (MP com Assessoria)