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Economia
Terça - 04 de Janeiro de 2005 às 12:18
Por: Caroline Rodrigues

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O Governo Estadual está revitalizando os corredores de exportação de Mato Grosso. Um dos obstáculos para o desenvolvimento do setor é a condição das rodovias federais (BR’s). Segundo relatório, disponibilizado pelo Conselho Nacional de Transportes (CNT) em 2003, 89,5 % dos trechos considerados péssimos, em Mato Grosso, estão localizados em rodovias federais.

No relatório de 2004, o trecho de Alta Floresta à Cuiabá foi considerado o décimo primeiro no ranking dos piores do Brasil. São 27,7% do percurso em rodovias estaduais e 72% do percurso na BR-163, que é de responsabilidade federal.

Vale ressaltar que todos os quatro corredores utilizados no Estado são sustentados por BRs. No Corredor Noroeste, que leva a produção estadual para a Hidrovia do rio Madeira, os caminhoneiros usam como “espinha dorsal” a BR-174 e 070. Já no Centro-Amazônico, utilizam a BR-163 para chegar ao porto de Santarém.

A BR-158 é o principal caminho de acesso a Paraupebas, o denominado corredor Centro–Nordeste. A mesma rodovia participa do Corredor Sudeste, que inclui as BRs 163, 364 e 070, ligando Mato Grosso ao porto de Paranaguá.

O comprometimento das vias federais recai sobre o valor do produto agrícola estadual, decorrente dos prejuízos no transporte. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transportadores de Carga (ABTC), o consumo de combustível dos caminhões aumenta aproximadamente 57%, os custos operacionais aumentam 37% e os produtores perdem 18% da produção nos encostamentos das estradas.

Para melhorar as condições de transporte, além de recuperar e pavimentar rodovias, o governo investe na estruturação do sistema de transporte Multimodal, no qual o produtor utiliza mais de uma modalidade de transporte. O objetivo da mudança de vias é a diminuição de custos, o que proporcionará uma maior competitividade da produção agrícola nacional.

A perspectiva do Governo para o ano de 2004 é que sejam transportadas pelas rodovias, ferrovias e hidrovias de Mato Grosso cerca de 22 milhão de toneladas de grãos, sendo 65% por estradas, 27 % via ferrovias e apenas 7,2 % da produção utilizam as hidrovias como transporte.

As hidrovias e ferrovias são mais vantajosas tanto na redução de custos como na capacidade de carga. São necessários 39 caminhões para carregar uma barcaça, sendo que um comboio fluvial comporta em média 6 barcaças, o que equivale a 234 caminhões.

No que diz respeito aos valores, os trilhos do trem reduzem cerca de 30% dos custos diretos e indiretos. Vale ressaltar que dos 5,8 milhões de toneladas de carga transportadas em 2003 pela Ferronorte, mais de 90% foram soja e farelo, produtos que Mato Grosso é o principal produtor brasileiro.

Durante o Amazontech 2004, realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, o Ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, autorizou o investimento de R$ 15 milhões para a desapropriação de terras na região onde passará os trilhos da Ferronorte, ligando Alto Araguaia à Rondonópolis (210 Km ao Sul de Cuiabá). Na ocasião, o ministro garantiu o repassem de R$ 51 milhões até o final do ano para a conclusão do percurso.

A expectativa de conclusão da obra é 2007, quando começa a construção de um novo trecho, o de Rondonópolis a Cuiabá. Para agilizar a ampliação, o Governo do Estado doará o terreno, onde será levantado o terminal, no Distrito Industrial da Capital.

A Ferronorte faz parte da empresa Brasil Ferrovias S/A, responsável também pelas concessões Ferroban e Novoeste. A empresa cita entre as vantagens da extensão dos trilhos a ampliação da renda dos produtores rurais, a redução dos custos logísticos para cargas de exportação, bem como a geração de empregos. A expansão de 270 km dos trilhos, até Rondonópolis, irá gerar 3 mil empregos diretos e 2 mil indiretos.




Fonte: Secom - MT

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