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Internacional
Segunda - 03 de Janeiro de 2005 às 21:20

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Antauro Humala, líder do movimento ultranacionalista Etnocacerista, que mantém uma delegacia da cidade peruana de Andahuaylas tomada pelo terceiro dia consecutivo, anunciou nesta segunda-feira que interrompeu o diálogo com a comissão negociadora e que só entregará as armas à Defensoria Pública.

Por telefone em Andahuaylas, Antauro Humala disse à EFE que está disposto a dialogar e entregar as armas, mas por enquanto não continuará se reunindo com a comissão dirigida pelo sacerdote Juan Domingo Paliza. "Só entregaremos as armas a um representante da Defensoria Pública", ressaltou.

Segundo Humala, mais de 1.800 policiais cercam a delegacia de Andahuaylas, a 832 quilômetros de Lima, onde os "etnocarceristas" mantêm 11 agentes como reféns desde o último sábado. "Vimos que não há garantias para o diálogo", disse Humala.

O líder radical, um major do exército reformado, tinha manifestado ontem sua intenção de se entregar e depor as armas. O governo respondeu a isso com garantias "de serem respeitados os direitos humanos de todos os cidadãos", mas também indicou que o grupo que tomou a delegacia deverá "assumir as responsabilidades".

Ontem, os rebeldes fizeram uma emboscada contra uma patrulha da polícia, deixando quatro policiais mortos e 19 feridos. A polícia, por sua vez, impediu a tomada de uma segunda delegacia na mesma cidade e capturou nove seguidores de Humala, que disse que um de seus homens também morreu na emboscada.

Segundo Antauro Humala, a tomada da delegacia de Andahuaylas tem como objetivo conseguir a renúncia do presidente Toledo. No entanto, analistas políticos apontam que a causa desta rebelião é a aposentadoria de Ollanta Humala, irmão de Humala e com mesma patente que ele, decidida na semana passada.




Fonte: EFE

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