Sobe para 183 o número de mortos por incêndio em discoteca

Morreu na madrugada desta segunda-feira um menor que tinha ficado ferido no incêndio que atingiu na quinta-feira passada uma discoteca de Buenos Aires.

Com a morte do jovem, cuja identidade não foi divulgada, sobe para 183 o número de mortos, enquanto em hospitais da capital estão internados 264 feridos, dos quais 117 estão em estado crítico.

O governo de Buenos Aires admitiu a falha na inspeção da discoteca, que não possuía condições mínimas de segurança e cujas portas de emergência estavam fechadas no momento do incêndio.

A maioria das vítimas morreu asfixiada ou esmagada pela multidão.

Enquanto familiares das quase 900 vítimas pedem sua renúncia, o prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, disse que é responsável por tudo o que acontece na cidade e advertiu que todos os funcionários serão substituídos quando necessário.

Uma funcionária do corpo de inspetores de Buenos Aires renunciou ao cargo hoje, depois de ter voltado de férias no Brasil ontem, quando Juan Carlos López deixou o cargo de secretário de Justiça e Segurança Pública.

Ibarra e López foram denunciados hoje à Justiça por um advogado que os acusou do homicídio dos 183 mortos pelo incêndio, que começou a partir de um artefato pirotécnico.

Familiares e amigos das vítimas farão hoje uma marcha da discoteca até a sede do governo da capital para pedir Justiça, como no domingo.

O empresário Omar Chabán, dono da discoteca, está preso e será interrogado amanhã pela juíza María Angélica Crotto, que o acusou de homicídio e lesões culposas.

O governo de Buenos Aires ordenou o fechamento de todas as discotecas por 15 dias e hoje se informou que na província de Santa Fé, na madrugada do domingo, ateou-se fogo a uma discoteca, mas não houve feridos devido à rápida evacuação.