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Meio Ambiente
Segunda - 27 de Dezembro de 2004 às 06:54

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Negros e brancos no Brasil têm causas de mortalidade diferentes: enquanto um em cada quatro negros morrem por causas externas, como homicídios, acidentes e suicídio, entre os brancos a causa mais freqüente é de morte devido a doenças circulatórias.

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde. De acordo com o estudo, 25,6% dos negros de todas as idades morrem por causas externas. Quase metade dessas mortes é por homicídio, segundo a análise coordenada pelo economista Marcelo Paixão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As doenças circulatórias respondem por 21,8% das mortes. Entre brancos, as doenças circulatórias respondem 28,1% das mortes, enquanto as causas externas respondem por 16% do total de mortes.

O estudo coletou os dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para 1998, 1999 e 2000, informa o jornal O Globo.

Homicídios

Nas mortes por causas externas, os homicídios representam 12,3% do total de mortes dos homens negros, enquanto entre brancos a proporção de homicídios é de apenas 5,5% das mortes.

Do total de mortes de jovens negros entre 15 e 25 anos, 52,1% são por homicídio. Entre brancos, a taxa é de 38,1%. Os acidentes de trânsito são mais freqüentes entre jovens brancos (20,5%) que negros (11,1%).

"Descobrimos que há, sim, diferenças raciais na hora de morrer, e não por causa de uma doença específica de um grupo, mas porque os negros, que vivem em situação socioeconômica pior, têm acesso mais restrito e precário ao sistema de saúde", afirma Marcelo Paixão, também coordenador do Observatório Afro-Brasileiro.




Fonte: Terra

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