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Nacional
Quinta - 23 de Dezembro de 2004 às 22:10

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, durante celebração de Natal na Casa de Oração do Povo da Rua, em São Paulo, que a pobreza não leva à violência. Para Lula, é preciso recuperar a fraternidade e a solidariedade"

Para Lula, Brasil não necessita de novo acordo com o FMI "Há muito tempo venho dizendo que há um processo de desagregação na estrutura da sociedade brasileira, a começar pela família, que pode resultar em muitas coisas ruins que a gente não esperava que acontecessem", disse.

"Eu fico pensando quais os motivos que levam a violência, porque se fosse a pobreza, na minha família não tinha escapado ninguém", afirmou. Para ele, a família foi importante. "Eu lembro que a gente passava fome e ninguém imaginava roubar um pedaço de pão, porque tinha uma mãe que dizia que não era possível roubar", completou.

"Estou convencido de que nós precisamos encontrar um jeito de fazer homens e mulheres serem mais fraternos, mais irmãos, mais companheiros nos bons e nos maus momentos", afirmou. "Sou, não presidente da República, sou soldado para que a gente possa enfrentar essa situação", disse Lula.

Ele lembrou o assassinato de sete moradores de rua de São Paulo ocorrido este ano. "Eu lembro que a minha primeira reação foi dizer a um jornalista que era difícil a gente crer que houvesse no mundo ser humano com uma mente tão insana, tão maldosa, capaz de matar pessoas que estavam dormindo e pessoas com pouca possibilidade de se defender", afirmou.

Luta contra o crime organizado

Para o presidente, o Brasil está construindo as bases para enfrentar o crime organizado com mais força. "Nós vivemos em um momento em que todos estávamos preparados para enfrentar a questão do crime, do ladrão comum, do assassino comum. Nós não estávamos preparados para enfrentar o crime organizado, que é uma indústria nacional e multinacional.

Segundo Lula, o crime organizado está em vários lugares, como na política, no Poder Judiciário e na indústria. "Então, é uma coisa muito sofisticada, e é preciso todo um reaprendizado. É uma tarefa que o ministro Márcio Thomaz Bastos está se dedicando a construir as bases para que a gente possa enfrentar isso com mais evidência e força", disse o presidente.




Fonte: Agência Brasil

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