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Repórter News - reporternews.com.br
Cultura
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 15:32

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A data de comemoração do nascimento de Jesus, o Natal, só passou a ser festejada a partir do século IV. Nos primeiros anos do cristianismo, a única data comemorada era a páscoa ou a ressurreição. No século IV, oficiais da Igreja Católica decidiram instituir o nascimento de Jesus como um feriado. Porém, não existia na Bíblia nenhuma menção sobre a data de seu nascimento. Apesar de que algumas evidências sugerirem que o nascimento tenha sido na primavera, o papa Jullus I, acabou escolhendo a data de 25 de dezembro.

No início, a festividade foi chamada de “Festa Natividade”, e começou a se espalhar por diversos países. Foi na Idade Média que o Natal ganhou força, porque o cristianismo já tinha substituído a maioria das religiões na Europa. As cerimônias natalinas aconteciam da seguinte maneira: os crentes iam à igreja, depois celebravam intensamente, embebedavam-se, numa atmosfera tipo carnaval.

O Natal se tornou, também, em uma época do ano em que as classes dominantes pagavam seus débitos reais ou imaginários com as parcelas menos afortunadas da sociedade. Mas tarde, já no século XVII, aconteceu a reforma religiosa na Europa e a forma como o Natal era celebrado, foi modificado, chegando até a ser cancelado, mas foi reinstaurado pelo rei Charles II. Na América, de 1659 até 1681, a celebração do Natal era proibida por lei e quem demonstrasse o espírito natalino era multado. O Natal só passou a ser considerado feriado em 1870.

O Natal, como é comemorado atualmente, é uma invenção de 1860. Ele é o feriado mais celebrado no mundo, sendo o resultado da combinação de diferentes tradições, culturas e religiões. Algumas histórias contam que o Papai Noel nem sempre foi como conhecemos hoje. No início da história do Natal cristão, quem distribuia presentes nas noites natalinas era uma pessoa real: São Nicolas. Após a morte de seus pais, Nicolas tornou-se padre. As histórias contam que São Nicolas colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de Natal jogados pela janela caíam dentro de maias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos. Alguns anos depois, São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéus vermelhos e barba branca. Depois de sua morte, a Igreja nomeou-o santo, com o início das celebrações de natal, o velhinho de barba branca e roupas vermelhas passou a fazer parte das festividades de fim de ano.

Outro conto diz que o surgimento do Papai Noel deu-se origem de uma lenda norueguesa, onde a deusa Hertha aparecia nas lareiras e trazia boa sorte às casas. Já a descrição do Papai Noel como ele é hoje conhecido de roupa vermelha sendo transportado por um trenó puxado por renas, foi feita por Clement Moore, um ministro e poeta americano.

Infelizmente, segundo estudiosos, o espírito natalino, por causa do Papai Noel, foi deixado de lado. Hoje, poucas são as pessoas que lembram da data como sendo a comemoração do nascimento de Jesus, mas sim uma época de consumismo e aquecimento das vendas no comércio.

O Natal e o espiritismo:

Da mesma forma que qualquer cristão, com o respeito que a data merece, os espíritas comemoram o Natal. Entretanto, segundo eles, não se pode esquecer que essas datas estão inseridas em um contexto comercial, com forte apelo consumista, que deve deixar alerta qualquer pessoa sensata. Embora a data comemorada não seja a real, pois na verdade não se sabe ao certo o dia em que nasceu o Mestre, ela tem seu valor por concentrar um número grande de bons pensamentos nessa época, onde as pessoas, por seus sentimentos inatos de religiosidade, ficam mais dóceis, amáveis e fraternas.

Os Evangélicos e o Natal:

Segundo os evangélicos, a data de nascimento de Jesus Cristo ainda não é satisfatoriamente reconhecida. Apesar de algumas pessoas acreditarem que não se deve comemorar o nascimento de Jesus nessa data, eles informaram que como exemplo das pessoas que vivem nas cidades do interior e seus registros de nascimento são feitos em datas bem posteriores ao nascimento, isso não impede que as pessoas comemorem o seu nascimento, mesmo conscientes que aquela não é a data certa. O mesmo pode ser considerado de Jesus, segundo o pastor Denis de Oliveira, da Assembléia de Deus. “Talvez você diga: Pastor, mas com relação a Jesus é diferente. Por quê? O intuito do seu coração não é o de honrar ao Senhor pelo seu nascimento ocorrido há mais de dois mil anos?! “, refletiu o pastor.




Fonte: Diário da Serra

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