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Economia
Quarta - 22 de Dezembro de 2004 às 11:46
Por: Janaína Lage

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O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15) avançou para 0,84% em dezembro. Em novembro, o índice havia apurado alta de 0,63%. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maior pressão nos preços foi motivada pelo aumento dos combustíveis, pelas tarifas de telefonia fixa e pela passagem de ônibus urbanos.

Em dezembro, a gasolina ficou 3,45% mais cara para o consumidor em razão do segundo reajuste autorizado pela Petrobras neste segundo semestre, anunciado no dia 25 de novembro. O primeiro aumento autorizado pela estatal foi divulgado no dia 14 de outubro. A gasolina, no entanto, não foi o único combustível a pressionar o índice. O aumento adotado pelas usinas tornou o álcool 8,64% mais caro.

O aumento da tarifa de ônibus urbanos em quatro capitais (Belo Horizonte, Recife, Belém e Fortaleza) também contribuiu para elevar o IPCA-15 deste mês. A passagem teve reajuste de 1,74%, em média. Algumas capitais seguraram os reajustes dos preços da passagem para depois das eleições neste ano.

A segunda parcela do reajuste autorizado pela Justiça para correção do indexador dos contratos de telefonia fixa fez a tarifa subir 1,89% em dezembro. O aumento tem o objetivo de corrigir a diferença entre o IPCA e o IGP-DI.

Os artigos de vestuário subiram 1,13%. Segundo o IBGE, gasolina, álcool, ônibus urbanos, telefone fixo e vestuário foram responsáveis por 0,45 ponto percentual da taxa deste mês, pouco mais da metade do índice.

Outros aumentos expressivos neste mês foram os do cigarro (2,71%), do conserto de automóveis (2,16%), de empregados domésticos (1,13%) e do gás de cozinha (3,31%).

O grupo alimentação registrou alta de 0,19%, com o aumento do preço das carnes, de 3,31%. Em novembro foi registrado deflação de 0,05%.

O maior resultado apurado entre as regiões foi o de Belo Horizonte (1,51%) e o menor, de Fortaleza (0,58%). O Rio de Janeiro registrou alta de 0,69% e São Paulo, de 0,73%.

IPCA-E

O IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial) encerrou o ano com alta de 7,54%. A gasolina foi o principal impacto individual do índice no ano. O litro do combustível teve aumento de 12,09% para o consumidor. Com o aumento, o item representou 0,51 ponto percentual da taxa deste ano.

A contribuição de gasolina e álcool no índice chegou a 0,80 ponto percentual. No ano passado, o álcool teve queda de 14,23%, mas neste ano o item registrou alta de 30,84%.

Outros itens que contribuíram para pressionar ainda mais o indicador foram telefone fixo (14,73%), automóveis usados (13,79%), automóveis novos (11,36%), colégios (11,22%), remédios (7,38%), planos de saúde (10,52%) e energia elétrica (9,66%).

Os alimentos, com alta de 3,64%, atuaram como moderadores da inflação. Alguns itens chegaram a ter queda expressiva de preços: a farinha de mandioca registrou queda de 19,43% e o arroz, de 14,64%. No ano passado, eles haviam subido 8,57%.

Entre as regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a maior inflação foi verificada em Curitiba (9,72%), e a menor, em Salvador (5,68%).

O IPCA-E é calculado de forma trimestral nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.




Fonte: FolhaPress

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