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Economia
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 10:45

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Levantamento realizado pela Equifax, empresa fornecedora de soluções para gestão de risco, sobre a atuação de empresas golpistas apurou que - entre maio e agosto deste ano - foram instaladas 377 “araras” ou “empresas de fachada” em todo país. O que impressionou os técnicos envolvidos na pesquisa foi o expressivo aumento nos prejuízos causados por essas quadrilhas. No confronto entre o segundo e o primeiro quadrimestre houve um crescimento de 42% no número de títulos prestados (5.492) e de 71,4% em cheques devolvidos (3.452). Somando-se apenas o valor dos protestos, o total é de R$ 13,7 milhões, ou uma elevação de 73,8%.

Para o diretor comercial da equifax, Osvaldo Alvarenga, esse crescimento pode se explicado também pelo aquecimento econômico verificado nos últimos meses. Ele cita como exemplo o valor médio do protesto que passou de R$ 2.028,00, no primeiro quadrimestre, para R$ 2.479,00 no segundo, uma elevação de 22%.

O golpista clássico atua em função da conjuntura econômica, em épocas de recessão faz pedidos menores, que não despertam a atenção do empresário e nos momentos em que o mercado está aquecido aproveita a onda de otimismo e arrisca em valores mais altos.

Outro indicador que comprova a atuação acirrada dessas quadrilhas foi o aumento de 42% (maio a agosto contra janeiro a abril de 2004) nas consultas de clientes da Equifax sobre as empresas “fantasmas”. Alvarenga conta que foram 8.700 tentativas de compra e, na maioria das vezes, faznedo encomendas de produtos de fácil repasse como alimentos, bebidas, material elétrico, auto-peças, entre outros. Como a Equifax possui um serviço de alerta aos seus usuários, esses negócios não foram realizados.

“Infelizmente não é o que acontece com a maior parte dos lesados”, conta o executivo, “quando acontece o prejuízo é irrecuperável pois esse tipo de ação é organizada por quadrilhas que têm estrutura para ”montar e demontar“ essas empresas e escoar os produtos roubados”.

Divisão por Região

Veja como ficou a divisão das empresas golpistas por região entre amio e agosto, entre parênteses a posição no primeiro quadrimestre: Sudeste 55,4% (65,1%); Nordeste, 22,3% (10,6%); Sul, 14,3% (21,2%); Centro Oeste, 5% (2,9%) e Norte, 2,9% (0,3%).




Fonte: Da Assessoria

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