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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 20 de Dezembro de 2004 às 14:28

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2005 já começa com grande apreensão no campo. A soja, o carro-chefe da agricultura de Mato Grosso, vai passar por um período de instabilidade. “A expectativa é a pior possível”, revela o secretário do Sindicato Rural de Sorriso, Rubens Nardi.

O problema está no mercado internacional e nos custos de produção. O resultado desta equação é a queda no preço da soja e um rendimento menor no bolso do agricultor. Para se ter uma idéia, em Sorriso, maior produtor nacional de soja, a saca de 60kg estava sendo vendida em maio do ano passado a R$ 45 e fechou o ano em R$ 25.

Não é difícil de entender a lei do mercado. No mundo inteiro se produz 225 milhões de toneladas de soja para um consumo de 210 milhões de toneladas. Ou seja, estão estocados nos armazéns mundiais cerca de 40 milhões de toneladas que não têm para quem vender. Muito produto em oferta, a queda dos preços é inevitável.

Para piorar, os Estados Unidos, que tiveram anos difíceis com problemas climáticos, preparam uma super safra de 85 milhões de toneladas contra 65 milhões da última colheita. O Brasil, segundo no ranking, também vai ter aumento na produção chegando a 60 milhões de toneladas contra 51 milhões da safra anterior.

Nardi já prevê prejuízos pela frente. Segundo ele, para um produtor não sair perdendo terá que vender a soja, no mínimo, a R$ 30.

O governador Blairo Maggi já fez o alerta que este ano será o de “vacas magras”. Um prejuízo no campo pode emperrar até programas que estão sendo tocados pelo governo e produtores como os consórcios rodoviários. “A estrada é muito importante para o produtor, mas entre bancar uma rodovia e pagar uma dívida, o sojicultor vai acabar ficando desestimulado de investir nos consórcios”, conclui Nardi.




Fonte: Midia News

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